O Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está passando por uma significativa reforma, com um investimento de R$ 13,7 milhões do Governo de Minas Gerais. A reforma, focada nas muralhas e guaritas, visa reforçar a segurança da unidade que possui uma muralha de quatro quilômetros de extensão e sete metros de altura.
Detalhes da Reforma
A obra está em andamento há 286 dias e já atingiu 60% de conclusão. Até agora, foram gastos R$ 5,3 milhões do total previsto. Segundo o engenheiro civil Caio Eduardo Rocha, responsável pela obra, a muralha apresentava instabilidade em diversos pontos, o que foi resolvido com o reforço dos 344 pilares existentes e a instalação de mais 116 pilares adicionais. Além disso, trabalhos de reboco, pintura, selagem, eletricidade, e hidráulica estão sendo realizados nas guaritas, junto com a implementação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).
Mão de Obra
A reforma conta com a participação de 20 presos e 80 operários. Um dos presos envolvidos, Felipe do Rosário, 26 anos, destacou a oportunidade de aprendizado que a obra proporciona. "Estou aprendendo muito por aqui e acredito na possibilidade de conseguir um emprego na área quando receber meu alvará de soltura", disse Felipe.
Histórico e Importância
Esta é a primeira grande reforma da muralha desde a inauguração do complexo há 36 anos. O diretor da penitenciária, Saulo Castro, comemorou o avanço. "É um sonho realizado. Tínhamos problemas com a rede elétrica e as guaritas, que agora estão recebendo a proteção necessária para garantir mais segurança aos policiais penais”, afirmou.
Contexto Amplo
A reforma da muralha faz parte de um esforço mais amplo da Subsecretaria de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia (Sulot) para melhorar as condições das unidades prisionais em Minas Gerais. Atualmente, estão em andamento 19 obras de manutenção e reforma em todo o sistema prisional mineiro, totalizando um investimento de R$ 74 milhões.
Laudemir de Jesus Martins, diretor de Infraestrutura da Sulot, destacou a importância da colaboração entre a Sejusp e a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra). "A obra é fruto de uma importante atuação integrada, visando melhorar a segurança estrutural da unidade e garantir a segurança de servidores e indivíduos privados de liberdade. A construção é antiga e já apresentava desgaste natural, o que representa um desafio logístico para a implementação dos serviços com a unidade em pleno funcionamento”, concluiu.
A conclusão da obra está prevista para janeiro de 2025, marcando um novo capítulo na segurança e na infraestrutura do maior complexo penitenciário de Minas Gerais.