Jeanne Tavares Sarchis foi diagnosticada com câncer de mama em 2017. No final de agosto ela sentiu que tinha algo diferente na mama esquerda, mas como tinha ginecologista marcada para início de setembro não se preocupou, “mas com passar dos dias minha mama começou a enrijecer e chegando na consulta a médica me encaminhou para fazer os exames de rotina (ultrassom e mamografia) mas com orientação de levar os exames diretamente para um mastologista”.
No dia 4 de outubro ela recebeu o resultado da biópsia: na mama direita o resultado está livre, mas na mama esquerda foi contatado dois nódulos. Eram câncer. “Meu mundo despencou e a partir dali eu não consegui ouvir mais nenhuma palavra que a médica disse, e minha sorte foi que meu esposo estava comigo e ele foi ouvindo e foi meu suporte”.
Dentre os inúmeros pensamentos, também lamentava: “Poxa só tenho 43 anos meu filho acabou de se formar em jornalismo, meu caçula só tem 15 anos… também quero ver sua formatura, sua vida, meus netos, eu tenho uma vida pela frente, eu quero viver”.
“Quando você recebe o diagnóstico de câncer no primeiro momento, pensei vou morrer! Minha vida acabou, e agora? Mas, passando o primeiro impacto e conhecendo a doença passei aos poucos a entender e fui um passo de cada vez desmistificando o câncer de mama e resolvi que seria maior que o diagnóstico”. “Temos duas escolhas diante as dificuldades, ficar parado ou ir à luta? Eu resolvi enfrentar com todas as minhas forças e já me via no fim do tratamento bem, curada, saudável! Sabia que seria uma jornada difícil, árdua, mas que iria passar por cada etapa.”
O tratamento para o Câncer tem suas especificidades pois cada caso possui particularidades. O importante também é estar com profissionais que saibam tratar a doença e o emocional. “Eu achei profissionais que me acolheram como uma família e com o coração. Iniciei meu tratamento com processo de quimioterapia em outubro a fim de que diminuísse o tamanho dos tumores para a realização de uma cirurgia menos agressiva, fiz 16 sessões de quimioterapia encerrando em abril de 2018. Em maio de 2018, fui submetida a mastectomia total com reconstrução imediata. Após a recuperação da cirurgia, iniciei 25 sessões de radioterapia terminando todo tratamento pesado em agosto de 2018”.
Foto: Arquivo Pessoal
Jeanne fez da doença um meio de também apoiar pessoas que enfrentam esse diagnóstico e doença. Ela criou o blog Acredite na Energia, um local de desabafos e também de ajuda. Com visibilidade, o blog virou um Projeto Social sem fins lucrativos. Foi lançado em 2018 e promove encontros mensais e rodas de conversas com profissionais da área, tudo para ajudar e assessorar as pessoas vitimadas com essa doença desafiadora.
“Contamos também com o nosso Banco de Lenços, em que fazemos a doação de lenços e turbantes para pacientes em tratamento. Devido a pandemia nossos encontros presenciais estão suspensos, mas estamos com programação de lives em nossas redes sociais e nosso Banco de Lenço continua a todo vapor”.