O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) abriu consulta pública para que produtores e demais envolvidos na cadeia produtiva do queijo Cabacinha possam contribuir com a regulamentação técnica de identidade e qualidade desse queijo artesanal, característico do Vale do Jequitinhonha.
A formalização do queijo Cabacinha é essencial para valorizar a tradição dos produtores locais e garantir a segurança alimentar dos consumidores. Produzido a partir de leite cru, sem pasteurização, o queijo pode representar riscos à saúde, como a brucelose, caso o leite provenha de vacas doentes ou sem fiscalização sanitária. Com a regulamentação, somente queijarias registradas no IMA ou no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) poderão produzir e comercializar o queijo, com fiscalização rigorosa no processo.
A regulamentação trará normas claras sobre boas práticas de produção e fabricação, garantindo que o leite seja de animais saudáveis e que o processamento seja feito até 90 minutos após a ordenha. A consulta pública segue após estudos de órgãos e instituições estaduais e federais, com o objetivo de elaborar uma legislação específica para regulamentar a produção. "A consulta é uma oportunidade de participação social, permitindo que os interessados ajudem a definir políticas públicas mais alinhadas às necessidades do setor", afirmou André Duch, gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal do IMA.
Tradição e história do queijo Cabacinha
O queijo Cabacinha, que recebe esse nome devido ao seu formato característico, é influenciado pela imigração italiana, especialmente pelos queijos como o Caccio Cavalo. Com o tempo, a receita foi adaptada ao Vale do Jequitinhonha, tornando-se um símbolo da cultura alimentar brasileira. O queijo Cabacinha também é produzido em Goiás há mais de 80 anos, em cidades como Santa Rita do Araguaia e Mineiros.
Sustento e valorização para os produtores
No Vale do Jequitinhonha, o queijo Cabacinha é uma fonte vital de sustento para muitas famílias. A regulamentação, que está em andamento, visa dar mais segurança para os produtores, permitindo expandir seus negócios e conquistar novos mercados. "O regulamento técnico reforça o reconhecimento do queijo Cabacinha como um produto artesanal único e facilita sua valorização no mercado", explicou André Duch.
A legislação também fortalece a identidade do queijo Cabacinha, garantindo que ele mantenha suas características únicas e permitindo que os produtores o comercializem legalmente em todo o estado, impulsionando a economia local.
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