O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve uma importante vitória judicial na luta contra a corrupção, com a condenação de um ex-vereador de Muriaé (Zona da Mata mineira) e policial militar da reserva. O réu foi sentenciado a 25 anos e sete dias de prisão em regime fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele já se encontra em prisão preventiva e, conforme a decisão da Justiça, não poderá recorrer em liberdade, com o objetivo de assegurar a ordem pública. Além dele, mais três pessoas envolvidas no esquema também receberam penas.
Segundo a denúncia apresentada pelo MPMG, entre os anos de 2017 e 2019, o ex-vereador, em parceria com outros envolvidos — empresários responsáveis por empresas de papelaria —, se apropriou indevidamente de recursos públicos destinados a verbas de gabinete da Câmara Municipal de Muriaé. Os investigados utilizaram notas fiscais falsas para justificar pagamentos de materiais e serviços, que na realidade não foram prestados ou entregues.
A investigação revelou que, além das notas fiscais fraudulentas, havia superfaturamento nas compras de materiais de escritório, como papel, toners e outros itens de consumo, para justificar a movimentação de grandes quantias de dinheiro público. As empresas envolvidas não conseguiram comprovar a entrega efetiva dos produtos adquiridos, configurando um claro esquema de desvio de verbas.
Além do desvio de recursos, o ex-vereador também foi acusado de usar bens adquiridos com recursos públicos para beneficiar uma advogada, utilizando material e objetos comprados pela Câmara Municipal para fins pessoais. Para ocultar a origem ilícita desses bens, ele teria feito uso de "laranjas" — intermediários que ajudaram a dissimular a verdadeira propriedade de veículos, imóveis e dinheiro obtidos de forma ilegal.
O MPMG também destacou que o ex-vereador não se limitou apenas ao desvio de verbas. Ele tomou medidas para ocultar e disfarçar a posse de bens de alto valor, que pertenciam a ele e à sua ex-esposa, que foi vítima de feminicídio em dezembro de 2021. A morte dela ocorreu após o ex-vereador ter sido investigado pela Operação Catarse, que tinha como objetivo apurar o desvio de recursos na Câmara Municipal de Muriaé.
Os outros três envolvidos no esquema foram condenados a três anos e quatro meses de reclusão, porém as penas foram convertidas para restritivas de direitos, consistindo na prestação de serviços à comunidade.
Essa condenação representa mais um passo importante na luta contra a corrupção e a má gestão dos recursos públicos em Minas Gerais. A ação também reforça o compromisso do MPMG no combate à lavagem de dinheiro e ao peculato, crimes que envolvem o desvio de recursos públicos para fins pessoais, com impactos diretos na sociedade.
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