A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas irá realizar uma sessão nesta quarta-feira e conta com a presença dos árbitros FIFA Raphael Claus e Daiane Caroline Muniz dos Santos. Além disso, o ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha solicitou um requerimento para prestar informações sobre suspeitas de manipulação de resultados esportivos no Brasil.
De acordo com documento oficial, os árbitros foram convocados por terem atuando juntos em 11 jogos, o que chamou bastante atenção. Confira a convocação de Raphael Claus e Daiane Caroline em trecho divulgado pela ESPN:
"O Sr. Raphael Claus e a Sra. Daiana Caroline Muniz do Santos são dois dos árbitros de futebol mais qualificados do País. Raphael Claus atua como árbitro de campo inclusive nos campeonatos promovidos pela FIFA. A Sra. Daiane Muniz, por seu turno, se especializou como árbitro de vídeo (cabine do VAR), também integrando os quadros da FIFA. Provavelmente em razão da qualificação e do prestígio internacional de ambos, no Campeonato Brasileiro de 2023 os dois Juízes foram escalados como dupla em onze partidas das trinta e oito rodadas da competição. A título comparativo, outras duplas de Juízes foram escaladas em, no máximo, três partidas, o que caracteriza uma evidente distorção na escala de árbitros", afirma o documento.
Porém, ao contrário do que aconteceu no requerimento de Raphael e Daiane, onde os motivos para o comparecimento na CPI ficaram claros, no caso de Glauber do Amaral o mesmo não estava explicito, como mostra o trecho abaixo:
"Considerando a sensibilidade e a natureza sigilosa das informações que serão compartilhadas durante a oitiva, é essencial que tomemos medidas adequadas para proteger a integridade das investigações em andamento", pontua o trecho assinado pelo senador Carlos Portinho.
Outra parte do documento ainda diz:
"A convocação de uma sessão secreta se faz necessária para proporcionar um ambiente no qual o depoente se sinta confortável para compartilhar detalhes cruciais sem receio de represálias ou comprometimento de sua segurança pessoal ou profissional. A confidencialidade é fundamental para garantir a cooperação total do depoente e para preservar a integridade do processo de investigação".
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