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Domingo, 20 de Abril de 2025
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Superlotação: Presídio feminino de Juiz de Fora recebe doação de camas para melhorar condições de encarceramento

Transferência será concluída até o fim de abril, afirma juiz Evaldo Elias Penna Gavazza

Henrique Salvato
Por Henrique Salvato
Superlotação: Presídio feminino de Juiz de Fora recebe doação de camas para melhorar condições de encarceramento
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O Anexo Feminino Eliane Betti, vinculado à Penitenciária José Edson Cavalieri (PJEC), no Bairro Linhares, em Juiz de Fora, vai receber cerca de 100 camas do antigo Núcleo Regional de Monitoração Eletrônica, a Casa do Albergado José de Alencar Rogêdo (Cajar), desativada desde 2023. A medida busca amenizar o grave déficit de leitos que obriga muitas detentas a dormirem no chão.

Em entrevista exclusiva à Tribuna, o juiz titular da Vara de Execuções Criminais da cidade, Evaldo Elias Penna Gavazza, confirmou que a transferência deve ser finalizada até o final de abril. Segundo ele, a superlotação no Anexo, projetado para 180 mulheres, hoje ultrapassa 270 custodiadas, abrigando internas não só de Juiz de Fora, mas de toda a região.

“Garantir uma cama para cada mulher presa é uma obrigação mínima. A vulnerabilidade que a mulher enfrenta aqui fora se reflete e se agrava dentro do sistema prisional”, destacou Gavazza, que realiza inspeções regulares nas penitenciárias locais.

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Antes da inauguração do Anexo em 2018, viabilizada com verbas pecuniárias, as presas eram acomodadas em um pavilhão da Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires. No entanto, a estrutura do novo espaço não acompanhou o aumento da população carcerária, gerando novos gargalos.

A solução encontrada foi uma ação conjunta entre os diretores das unidades prisionais da cidade. Gavazza reforça que essa articulação é crucial: "A crise de um presídio respinga nos demais." Como parte desse esforço, presos de outras unidades vão auxiliar na montagem das novas camas.

Procurada, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) negou a existência de déficit de camas na unidade feminina. Em nota, afirmou que as novas treliches servirão para "melhorar a acomodação das custodiadas", sem admitir falhas anteriores.

Além da falta de camas, uma inspeção realizada em fevereiro e disponibilizada no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou outros problemas estruturais no Anexo Feminino. A principal queixa é a interrupção frequente no abastecimento de água, agravada pela demora na ativação do sistema de contingência que depende de poço artesiano e bombas.

O documento recomenda a instalação de boias e bombas automáticas para garantir uma resposta mais rápida e evitar longos períodos sem água.

Outro ponto de atenção é a qualidade da alimentação oferecida às internas, considerada insatisfatória no relatório de inspeção. A situação compõe um cenário que exige soluções urgentes para assegurar condições mínimas de dignidade às mulheres em privação de liberdade.

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FONTE/CRÉDITOS: Tribuna
Henrique Salvato

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Henrique Salvato

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