Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou um otimismo palpável
com a proximidade do Dia das Mães, uma das datas mais celebradas e lucrativas para o setor de alimentação, bares
e restaurantes de todo o Brasil, que representa um aumento significativo no faturamento. Os dados revelam que
77% dos estabelecimentos planejam abrir suas portas no próximo domingo, dia 12. Destes, 78% esperam superar
o faturamento do ano anterior, com a maioria (62%) projetando um aumento de até 20%. “Essa é uma data muito
especial e muito aguardada pelo setor de alimentação fora do lar. E a cada ano que passa os empresários investem
mais em proporcionar mais experiências às mães durante todo o dia, que vai desde tomar um bom café da manhã
em uma cafeteria, passando por um almoço ou um jantar em um restaurante, saindo para saborear uma pizza,
curtir uma música ao vivo em um barzinho ou pedindo delivery no conforto de casa. Opção é o que não falta para
agradar às mães nesta data”, destaca a presidente da Abrasel Regional Zona da Mata, Francele Galil.
Ricardo Damião, proprietário do Restaurante o Cachorrão, localizado no bairro Cidade do Sol, destaca que essa é
o melhor data do ano para os restaurantes. Normalmente restaurante recebe, aos domingos, cerca de 80 reservas,
número que chega a triplicar no Dia das Mães. “Foi o que aconteceu ano passado quando tivemos 260 reservas.
Nossa expectativa é repetir esse resultado e ainda aumentar mais 15% do faturamento registrado no ano passado.
Os pedidos já começaram a chegar, mas a grande procura é entre quarta e sábado desta semana”, afirma. A estrela
do cardápio voltado para a culinária mineira será o Virado à Mineira, grande campeão do JF Sabor de 2023.
O delivery também tem sido uma aposta das empresas do setor para a data. No Bar Procopão, além do resultado
presencial, o proprietário Sérgio Alvestambém vem obtendo bons resultados ao atender aos clientes que preferem
encomendar os pratos e degustar junto com a família, em suas próprias casas. “Os domingos o restaurante costuma
atender cerca de 80 pedidos de delivery, mas no dia das mães chega a 200, o que representa um amento de 150%.
As encomendas já começaram na semana passada e podem ser realizadas até sábado”. Para conseguir atender
com qualidade a clientela, tanto no delivery quando presencialmente – já que as reservas de mesa para consumo
no local também duplicam nesta data e costuma se encerrar na quinta-feira - o bar estabeleceu algumas
estratégias. “Nós escolhemos um cardápio especial, com dez opções variadas e que atendem a gostos diversos de
nossos clientes. E definimos horários de entrega no delivery às 11h, 12h 13h, 14h e 15h, com uma média-limite de
60 pratos entregues nesses três primeiros horários”, explica, ressaltando que a data representa que isso representa
aumento de 50% em seu faturamento.
Ainda dentro do setor de alimentação fora do lar, as cafeterias e brigaderias também apostam na data criando
formas de presentear como cestas de café e/ou doces e proporcionando a experiência de sair para tomar o café da
manhã fora de casa. Paulo de Tarso, proprietário da Rellicário, afirma que a data representa cerca de 10% a mais no faturamento em toda a rede da marca “A expectativa é de aumento de 20% nas vendas só no dia, com a venda
de presentes como caixas de brigadeiros, cookies, e o carro chefe desse ano que é o coração de chocolate recheado
que os clientes podem escolher cinco sabores. E estamos apostando também na experiência que os filhos podem
proporcionar às mães no café da manhã no nosso parklet, em São Mateus”, revela.
Recuperação do setor
Este otimismo está alinhado com a recuperação gradual do setor, que viu uma melhoria nas vendas em março e
uma redução nos prejuízos. Eram 31% de empresas no vermelho em fevereiro, índice que caiu para 25% em março.
Outras 40% ficaram em equilíbrio e 35% realizaram lucro. O índice Abrasel-Stone, que monitora o volume de
vendas, registrou um aumento de 5,2% em março comparado a fevereiro. A opinião da maioria dos empresários
ouvidos pela pesquisa corrobora o índice: para 52% o faturamento de março foi maior que o de fevereiro - apenas
22% disseram ter sido menor. A pesquisa, que ouviu 3.069 empresários em todo país, entre os dias 22 e 29 de abril.
"Há notícias boas, como o aumento nas vendas em março e a queda no número de empresas realizando prejuízo.
Mas não podemos esquecer que este número ainda é extraordinariamente alto. Quase dois terços do setor não
conseguiram obter lucro em março. E também temos situações que precisam de especial atenção, como a do sul
do país, com uma crise humanitária por causa das chuvas", destaca Paulo Solmucci, presidente executivo da
Abrasel.
A pesquisa realizada pela Abrasel também destacou o problema contínuo da inflação. Quase 57% dos entrevistados
afirmaram que não conseguiram acompanhar o aumento inflacionário, que foi de 1,42% no primeiro trimestre do
ano. Desse grupo, 40% não conseguiram reajustar seus preços de cardápio e 17% fizeram ajustes abaixo da inflação.
Por outro lado, 34% conseguiram aumentar os preços conforme a inflação e apenas 9% ajustaram acima do índice.
O endividamento continua num patamar alto, semelhante ao dos últimos levantamentos, com 40% das empresas
apresentando pagamentos em atraso. Entre estes, mais de dois terços (68%) devem impostos federais. Na
sequência, 46% devem impostos federais, 38% têm parcelas de empréstimos bancários em atraso, 29% devem
encargos trabalhistas/previdenciários e 27% estão em débito com serviços públicos como água, gás ou energia
elétrica. "Temos de voltar o olhar para as empresas com problemas e botar para andar um plano de recuperação.
É difícil para o empreendedor sair de uma situação de dívidas acumuladas e prejuízos recorrentes sem apoio",
conclui Solmucci.
Por: Ascom Abrasel ZM - Contato: Marilene Rachel (32) 99992-6349
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