A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) efetuou a prisão preventiva de um homem de 31 anos, suspeito de cometer feminicídio contra sua esposa, da mesma idade, na cidade de Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação ocorreu na última quarta-feira (12/7).
O crime ocorreu no bairro Duval de Barros em 26 de janeiro deste ano, após uma discussão do casal motivada por ciúmes. Durante o desentendimento, o suspeito atingiu a esposa com um golpe na cabeça, e em seguida a esganou, causando sua morte.
De acordo com o delegado Wellington Martins Faria, responsável pela Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios de Ibirité, o suspeito tentou encobrir o crime ao ligar para as equipes de socorro, alegando que sua companheira havia passado mal e caído durante o banho. No entanto, ao examinar o corpo da vítima, o médico socorrista notou edemas no pescoço, o que despertou suspeitas. Um vizinho informou ao médico que a vítima era frequentemente agredida pelo marido.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), onde os exames confirmaram que a causa da morte foi asfixia por esganadura.
Durante as investigações, foi revelada a história do casal e os indícios de violência presentes. O relacionamento teve início em 2016, na cidade de João Monlevade, região central de Minas Gerais. O homem mudou-se para Ibirité a trabalho, mantendo o relacionamento à distância. Posteriormente, eles se casaram em 2021, sem que familiares da vítima notasse comportamento suspeito por parte do investigado.
A vítima trabalhava em uma farmácia em Contagem, e colegas de trabalho e vizinhos relataram que ela vinha apresentando mudanças comportamentais há algum tempo, demonstrando tristeza. Alguns colegas chegaram a observar marcas de agressão em seu corpo. No entanto, a vítima nunca havia solicitado ajuda ou registrado ocorrências policiais envolvendo o casal, conforme confirmou o delegado Wellington Faria.
Depoimentos de vizinhos à Polícia Civil revelaram que eles testemunharam o suspeito segurando a vítima pelos braços e sacudindo-a através da janela. Com base nas evidências coletadas e na informação de que o suspeito não havia sido mais visto após deixar a casa alugada, foi solicitada a prisão preventiva, que foi cumprida em Contagem, na empresa onde o suspeito trabalhava.
Ao ser conduzido à delegacia, o suspeito manteve a versão inicial de que a vítima teria passado mal, versão esta que foi descartada durante as investigações. Atualmente, ele está sob custódia do sistema prisional, aguardando os trâmites judiciais.
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