Nos primeiros dois dias da Operação K9, conduzida pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), foram descobertos mais de cem pontos de drogas sintéticas K4 em presídios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Nesta quarta-feira (8/5), os agentes deram continuidade à operação, realizando uma nova fase no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. Policiais Penais do Comando de Operações Especiais e do Grupamento de Intervenção Rápida, juntamente com policiais penais da unidade, estão conduzindo a remoção de todos os detentos das celas para uma minuciosa inspeção em toda a unidade prisional.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, participou do início da operação e assegurou que a Polícia Penal está empenhada em evitar a entrada ou permanência de qualquer item ilícito nas unidades prisionais. “Estamos trabalhando em várias frentes. A tropa é preparada e a Operação k9 é apenas mais uma das nossas ações para impedir que drogas, entre outros ilícitos, sejam utilizados dentro do sistema prisional”, destacou o chefe da pasta, ao junto ao diretor-geral do Depen-MG, Leonardo Badaró.
Drogas K
Assim como a ação conduzida na terça-feira (7), também no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, o foco principal da mais recente etapa da operação pente-fino - nome dado em referência às drogas K e ao emprego de cães nesse trabalho - é a busca por entorpecentes dentro da unidade, especialmente as drogas sintéticas da família K. Um contingente de 250 policiais penais está participando da operação.
Além dos mais de cem pontos de K4 encontrados pelos policiais penais nos últimos dois dias, o Depen-MG relata que mais de 21 mil pontos de drogas K foram apreendidos desde janeiro do ano anterior até março deste ano. Somente em 2024 - dados até março -, os policiais penais apreenderam 9.247 pontos da droga em todo o estado.
Esses dois dias de operação representam mais um esforço do sistema prisional para combater a circulação desse tipo de droga nas unidades prisionais do estado. O Depen-MG recentemente registrou óbitos sob investigação que suscitaram suspeitas de uso excessivo da droga.
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