Durante discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas , nesta(ONU)terça-feira (19/9), o presidente Luís Inácio Lula da Silva pediu que a desigualdade e a fome provoquem “indignação” para que tais problemas sejam superados.
“A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, disse o presidente, relembrando a sua fala no Parlamento da ONU em 2003.
Para o presidente brasileiro, o combate à desigualdade não avançou nas últimas décadas, o que afeta diretamente a tentativa global de erradicar a fome.
“O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida, se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente”, afirmou.
Segundo o presidente brasileiro, faltam vontade e ações para que o cenário seja revertido. “O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado”, criticou.
E claro que o semear, o trabalho de cada um pode reverter esse quadro. Mas ações governamentais são bem vindas.
Sobre a guerra na Ucrânia, Lula disse que a guerra na Ucrãnia demanda “espaço para negociações”, e voltou a condenar o que classificou como excesso de investimentos em armas e pouco em desenvolvimento.
“A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo”, declarou o mandatário durante tradicional discurso de abertura entre os chefes de Estado presentes.
O pronunciamento de Lula foi acompanhado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que está em Nova York presencialmente para a assembleia pela primeira vez desde a invasão russa ao território vizinho, em fevereiro de 2022. Vladmir Putin, presidente da Rússia, não participa do evento.
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