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Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025
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O crescimento das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil e os avanços no tratamento

Estudo revela aumento de 15% ao ano na prevalência de doenças inflamatórias intestinais; entenda os sintomas, causas e os avanços no tratamento.

Cristiane Oliveira
Por Cristiane Oliveira
O crescimento das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil e os avanços no tratamento
Assessoria PJF
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Doenças Inflamatórias Intestinais: prevalência no Brasil aumenta 15% ao ano

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) têm se tornado uma preocupação crescente em nível mundial, afetando mais de cinco milhões de pessoas, sendo que a prevalência no Brasil vem aumentando a cada ano. Segundo estudo recente publicado na Revista The Lancet, entre 2012 e 2020, a prevalência de DII subiu 15% ao ano no país, alcançando 100 casos por 100 mil habitantes. Esse aumento foi observado a partir da análise de 212 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Tipos de Doenças Inflamatórias Intestinais e suas consequências

As principais DIIs são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. A Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, com maior incidência no intestino delgado, cólon e região perianal. Já a Retocolite Ulcerativa acomete o intestino grosso e reto, atingindo principalmente as camadas mais superficiais. Embora ambas as doenças possam ocorrer em qualquer faixa etária, elas são mais comuns entre os 20 e 30 anos e, em menor grau, na faixa dos 60 e 70 anos.

Os sintomas mais frequentes incluem diarreia crônica com presença de sangue, muco ou pus, cólicas abdominais, urgência evacuatória, falta de apetite, cansaço e emagrecimento. Sintomas mais graves podem incluir anemia, febre, desnutrição e distensão abdominal. Além disso, entre 15% a 30% dos pacientes podem desenvolver manifestações extra-intestinais, como dor nas articulações, lesões na pele e nos olhos.

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Fatores do aumento das DIIs no Brasil

Júlio Chebli, médico, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da UFJF, afirma que as doenças inflamatórias intestinais estão em crescimento, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O aumento da prevalência em países em desenvolvimento, como o Brasil, reflete fenômenos já observados em países desenvolvidos, como o consumo elevado de alimentos processados, estresse, uso excessivo de antibióticos e alterações na flora intestinal, como a disbiose. Enquanto países desenvolvidos já começam a estabilizar a prevalência, o Brasil continua observando um aumento consistente.

Além disso, tanto a Doença de Crohn quanto a Retocolite Ulcerativa são doenças imunomediadas, o que significa que o sistema imunológico ataca as células do próprio organismo, gerando inflamação crônica. Embora não tenham cura, há avanços significativos no tratamento, com terapias como imunomoduladores e biológicos que podem controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Avanços no tratamento e no controle das doenças

Júlio Chebli, líder do Núcleo de Pesquisa em Gastroenterologia da UFJF e coordenador do Centro de Doenças Inflamatórias do Hospital Universitário (HU-UFJF), explica que, com as terapias modernas, é possível controlar as doenças e proporcionar uma qualidade de vida mais próxima do normal aos pacientes. O hospital conta com mais de mil pacientes em acompanhamento, sendo o segundo maior centro de atendimento do Brasil.

“Com os imunomoduladores e as terapias biológicas disponíveis no SUS, conseguimos dar um controle significativo sobre as doenças. Isso era impossível até duas décadas atrás”, destaca Chebli. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para o controle das doenças crônicas, e a alimentação desempenha papel crucial. Estudos indicam que uma dieta baseada no padrão mediterrâneo, rica em alimentos frescos e naturais, pode reduzir a recidiva das doenças intestinais.

O papel do estilo de vida no controle das doenças

Além de uma alimentação equilibrada, o acompanhamento de especialistas como nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais é fundamental para a gestão das doenças inflamatórias intestinais. O Hospital Universitário da UFJF adota uma abordagem multidisciplinar, fornecendo um atendimento completo e integrador aos pacientes.

Outro estudo de relevância, coordenado por Chebli, investiga o impacto da obesidade na evolução da DII. Pacientes obesos têm uma maior produção de citocinas inflamatórias, o que pode agravar o quadro da doença e aumentar a necessidade de tratamentos mais agressivos, como o uso de imunossupressores e intervenções cirúrgicas. A pesquisa analisa a evolução clínica de pacientes obesos e não obesos, com foco na frequência de recidivas e complicações, como a obstrução intestinal, comum na Doença de Crohn.

Pesquisa e o impacto dos estudantes na ciência

O Centro de Doenças Inflamatórias do HU-UFJF também tem contado com a participação de estudantes de graduação, como o aluno Marcos Paulo Moraes, do 11º período de Medicina da UFJF, que participa de pesquisas sobre a relação entre obesidade e a evolução das doenças inflamatórias intestinais. Ele destaca a importância da pesquisa científica para a população e como ela pode contribuir para o avanço no tratamento e no entendimento das doenças.

"Participar dessa pesquisa tem sido uma experiência enriquecedora. Além de coletar dados de mais de 440 pacientes, temos feito uma análise detalhada sobre o impacto de fatores como peso, índice de massa corporal e comorbidades", explica o aluno. A pesquisa está em fase de redação para publicação, e os resultados já foram apresentados em eventos científicos como a XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo.

Conclusão: A importância da conscientização e da pesquisa contínua

O aumento das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil é um reflexo de mudanças no estilo de vida, na alimentação e no ambiente, mas também destaca a importância de um tratamento eficaz e do apoio multidisciplinar. As inovações terapêuticas e a pesquisa científica desempenham um papel fundamental no controle da doença, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. A participação ativa de acadêmicos e profissionais da saúde é essencial para continuar avançando na luta contra as DIIs, oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes e impactando positivamente a sociedade.

Sintomas e Impactos

De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, os sintomas mais comuns incluem:

  • Diarreia crônica com sangue, muco ou pus;
  • Cólicas abdominais;
  • Cansaço, emagrecimento e falta de apetite.

Casos graves podem apresentar anemia, febre e desnutrição, além de manifestações extra intestinais, como dores articulares e lesões de pele.

Avanços no Tratamento e Pesquisa

No quinto episódio do programa IdPesquisa, o professor Júlio Chebli, especialista da UFJF, abordou os fatores de risco e os avanços no tratamento das DIIs. Ele destacou que o aumento da prevalência no Brasil está associado ao consumo de alimentos ultraprocessados, estresse e disbiose intestinal.

O tratamento tem evoluído significativamente, com terapias imunomoduladoras e biológicas disponíveis pelo SUS. Segundo Chebli, esses avanços permitem aos pacientes uma qualidade de vida próxima ao normal, algo que era impensável há duas décadas.

Pesquisas Pioneiras no Hospital Universitário da UFJF

O Hospital Universitário da UFJF, sob coordenação de Júlio Chebli, mantém o segundo maior centro de atendimento de DIIs no Brasil, acompanhando mais de mil pacientes. Pesquisas realizadas no local incluem o impacto da obesidade e da dieta mediterrânea na evolução das doenças.

Além disso, estudantes de graduação, como Marcos Moraes, participam ativamente dessas pesquisas, analisando prontuários e contribuindo com estudos apresentados em eventos científicos nacionais.

Estilo de Vida e Controle das DIIs

Alimentação saudável e prática de exercícios físicos são fundamentais para o controle das DIIs. Estudos mostram que a dieta mediterrânea pode reduzir as recidivas da doença, reforçando a importância do acompanhamento multidisciplinar, que inclui nutricionistas, psicólogos e outras especialidades.

Para Saber Mais

Acompanhe a entrevista completa com Júlio Chebli no YouTube e Spotify:

Para informações adicionais, entre em contato com o Hospital Universitário da UFJF:
📧 [email protected] | 📞 (32) 2102-3970 | 🌐 www.ufjf.br

O estudante Marcos Moraes, as pesquisas realizadas no Centro desempenham um papel fundamental no progresso científico e geram um impacto direto na sociedade.

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Cristiane Oliveira

Publicado por:

Cristiane Oliveira

Técnica em Administração e estudante do 7º período de Jornalismo na Uniasselvi.

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