Luis Lima, um jovem de 18 anos que passou pelo Sistema Socioeducativo de Minas Gerais, alcançou o terceiro lugar na prova de cinco tambores da segunda edição do Campeonato Brasileiro de Provas Esportivas e Sociais do Mangalarga Marchador, realizado entre os dias 19 e 22 de setembro no Parque de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte. Essa conquista marca sua estreia na categoria iniciante e é fruto de um projeto de capacitação em equitação que ele participou enquanto cumpria medida socioeducativa.
Luis descobriu sua vocação para a equitação na Casa de Semiliberdade Caminheiros de Jesus, em Juiz de Fora, onde participou de um curso que oferece aulas semanais sobre montaria e cuidados com cavalos. O curso, ministrado por Maria Isabel Carvalho, instrutora com mais de 12 anos de experiência, foi o ponto de partida para o desenvolvimento das habilidades que levaram Luis ao pódio na competição.
Maria Isabel relatou que, desde cedo, Luis demonstrava dedicação e aptidão para o trabalho com os cavalos. “Ele sempre foi muito tímido, mas mostrava comprometimento. Ajudava os outros jovens e foi crescendo com o tempo. Quando teve a chance de competir, um cliente do rancho emprestou o cavalo, e ele conquistou o terceiro lugar na prova”, explicou a instrutora.
Além da medalha de bronze, Luis também conquistou uma oportunidade de trabalho. Desde o término do cumprimento de sua medida socioeducativa, em 27 de agosto, ele foi contratado pelo Rancho Marengo - Centro de Treinamento Maria Isabel Ávila, em Juiz de Fora, onde continua a aprimorar suas técnicas de montaria e cuidados com os animais.
Maria Isabel ressaltou que o curso oferecido na Casa de Semiliberdade vai além da montaria, abordando temas como nutrição, manejo de animais e o funcionamento de um haras. “A ideia é preparar esses jovens não só tecnicamente, mas também para o mercado de trabalho, com postura e responsabilidade profissional”, destacou.
Luis não é o único jovem a trilhar esse caminho de sucesso. Luan Pereira, também de 18 anos, participou de um curso semelhante na Casa de Semiliberdade Betânia, em Juiz de Fora, e atualmente trabalha como treinador e tratador de cavalos em São José dos Campos (SP). Ele começou como tratador e, com o tempo, evoluiu para treinador e apresentador de cavalos em competições de marcha do Mangalarga Marchador.
“Sou muito grato pela oportunidade. O curso me deu estabilidade e agora estou em um trabalho que amo. Meu objetivo é crescer na profissão e ter meu próprio haras”, afirmou Luan.
Diante do sucesso e interesse crescente, o curso que antes exigia deslocamento dos jovens até um haras passou a ser oferecido diretamente na Casa de Semiliberdade Caminheiros de Jesus. A mudança possibilitou que todos os adolescentes participem das aulas, que acontecem semanalmente e envolvem desde atividades práticas com os cavalos até lições teóricas sobre técnicas de montaria.
Para a diretora da Casa de Semiliberdade Caminheiros de Jesus, Christina Borges, os resultados de jovens como Luis e Luan são exemplos inspiradores. “A experiência com os cavalos não apenas proporciona crescimento pessoal, mas também os prepara para uma vida profissional mais estruturada, abrindo caminhos para um futuro melhor”, concluiu Christina.
Essas histórias mostram como o Sistema Socioeducativo, aliado a projetos de capacitação profissional, pode transformar a vida de jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo a eles novas perspectivas de vida e carreira.
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