O programa Cinema Sem Fronteiras foi anunciado na última sexta-feira (24), durante a abertura da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes. A iniciativa é resultado de uma parceria entre as prefeituras de Belo Horizonte, Tiradentes e Ouro Preto, com aporte de R$ 6 milhões do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), para execução de um calendário permanente de festivais audiovisuais ao longo de 18 meses.
A proposta contempla a realização de eventos como a Mostra de Cinema de Tiradentes, a Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), a Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH) e o Brasil CineMundi – Encontro Internacional de Coprodução. Essas ações envolvem formação técnica, intercâmbios, rodadas de negócios, debates e exibições de filmes, além de estimular a diversidade cultural, o fortalecimento da indústria cinematográfica brasileira e a criação de novas políticas públicas para o setor.
A secretária municipal de Cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras, destacou o impacto positivo do apoio do Funemp, que permite a ampliação do programa. “Este é um projeto de vanguarda que posiciona Belo Horizonte e Minas Gerais como polos estratégicos do audiovisual brasileiro e internacional, promovendo a produção contemporânea, o patrimônio e as estéticas do cinema nacional.”
O recurso será gerido pelo programa BH Nas Telas, que trabalhará em conjunto com o Instituto Universo Cultural, responsável pela organização dos festivais. Hugo de Barros e Moura, procurador-geral adjunto do Ministério Público de Minas Gerais, enfatizou a importância econômica e cultural do audiovisual. “É motivo de orgulho para o MPMG contribuir com essa indústria transformadora.”
Raquel Hallak, coordenadora do programa, também ressaltou os efeitos multiplicadores da iniciativa, que une esforços para fortalecer comunidades e promover a cidadania.
O lançamento do programa também incluiu a abertura do 3º Fórum de Tiradentes, com debates sobre os desafios e transformações do audiovisual brasileiro. Regulamentar as plataformas de streaming foi um dos temas centrais, apontado como essencial para ampliar a participação de obras nacionais no mercado.
O Funemp e o impacto cultural
O procurador Jacson Rafael Campomizzi, coordenador do Funemp, destacou a ampliação do escopo do fundo, que agora apoia iniciativas culturais, ambientais e sociais. Ele afirmou que o Cinema Sem Fronteiras se alinha aos objetivos do fundo, promovendo diversidade e fortalecendo valores culturais. “A cultura exige luta e resistência, e é por isso que investimos neste projeto”, concluiu Campomizzi.