Na manhã desta quinta-feira, 19 de dezembro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou a 2ª fase da Operação Onipresença. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata, Unidade de Visconde do Rio Branco, em colaboração com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e a Promotoria da Saúde de Leopoldina.
Nesta nova etapa, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária em Leopoldina. Entre os alvos principais está uma médica, apontada como líder do esquema investigado.
De acordo com o Gaeco, há evidências de que investigados tentaram interferir na coleta de provas, mantendo contato direto ou indireto com testemunhas e outros suspeitos. A operação avança sobre um cenário de irregularidades graves que comprometem a saúde pública e a vida de pacientes atendidos em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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Relembre o Caso
A Operação Onipresença teve início no dia 12 de dezembro, investigando uma possível associação criminosa formada por membros do corpo clínico e da administração do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, e do Hospital São Salvador, em Além Paraíba. A distância entre os dois hospitais, de 55 quilômetros, reforça as suspeitas de irregularidades.
As investigações começaram com denúncias de plantões médicos simultâneos em locais diferentes, realização de cirurgias eletivas durante escalas de urgência e emergências, além de anestesias feitas de forma sobreposta. Com o avanço das apurações, surgiram indícios de crimes ainda mais graves, como fraudes em escalas médicas, manipulação de documentos, e até ocultação de erros médicos.
Irregularidades Apuradas
Os médicos investigados realizavam procedimentos na rede suplementar durante plantões do SUS, deixando pacientes da Rede Resposta de Urgência e Emergência expostos a riscos. Entre as práticas criminosas apontadas estão:
- Peculato: uso indevido de recursos públicos;
- Falsidade ideológica: manipulação de documentos médicos;
- Associação criminosa: organização para a prática de crimes sistemáticos;
- Exposição de pacientes a perigo: procedimentos realizados sem condições adequadas.
Além disso, as apurações revelaram condutas como combinação de versões entre os envolvidos, ocultação de materiais médicos, e até imputação de responsabilidades a terceiros inocentes.
Impactos e Declarações
A Promotoria destacou que as práticas criminosas não apenas desviaram recursos públicos, mas colocaram em risco a vida de pacientes. A Coordenadoria Regional de Saúde reforçou que a continuidade das investigações busca desarticular por completo o esquema.
A Operação Onipresença é um marco no combate a irregularidades no sistema de saúde e reforça o compromisso do MPMG em garantir a segurança e integridade dos pacientes atendidos pelo SUS em Minas Gerais. A ação prossegue com novas diligências e deve resultar em mais desdobramentos nos próximos dias.
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