A construção das grandes hidrelétricas na Amazônia: O desenvolvimento prometido ficou no papel
Desde a inauguração das hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, esperava-se que estas megaobras trouxessem uma nova era de prosperidade para as regiões impactadas na Amazônia. No entanto, mais de uma década depois, os prometidos benefícios sociais e ambientais continuam a não se concretizar. Segundo Emilio Moran, investigador com mais de 35 anos de estudos na Amazônia, o desenvolvimento regional prometido nunca chegou.
Impactos das hidrelétricas na Amazônia: Uma análise profunda e duradoura
Desde 2013, um estudo financiado pela FAPESP tem vindo a analisar os efeitos sociais e ambientais destas construções. Dividido em duas fases, o projeto inicialmente focou-se na hidrelétrica de Belo Monte, mas rapidamente expandiu-se para incluir Jirau e Santo Antônio. Os resultados são claros: houve uma grande deterioração das condições de vida nas áreas afetadas, desde a migração forçada de agricultores até à drástica redução da atividade pesqueira devido às alterações no fluxo dos rios. Os números são chocantes – 30% da biodiversidade do rio Madeira foi perdida.
Oportunidades perdidas para a população local
Apesar dos mais de R$ 6,5 mil milhões investidos em ações socioambientais, o cenário em cidades como Altamira é alarmante. Infraestruturas prometidas, como o saneamento básico e hospitais, não foram entregues, enquanto a violência aumentou e a economia colapsou. Além disso, Moran destaca que o preço da energia na região é significativamente mais elevado do que em outras partes do Brasil, agravando ainda mais as condições de vida dos habitantes.
O futuro da investigação e as soluções locais
Emilio Moran não planeia parar por aqui. Com um novo projeto de investigação, Moran quer agora explorar soluções vindas das próprias populações tradicionais da Amazónia, que muitas vezes são ignoradas no planeamento de grandes obras. Usando o conhecimento indígena e ribeirinho, o investigador procura respostas para os desafios trazidos pelas mudanças climáticas, não só na Amazônia, mas também noutras regiões vulneráveis do mundo, como o Alasca e a África subsaariana.
Participe nesta discussão e descubra mais sobre os impactos reais das grandes obras na Amazônia. É tempo de repensar o futuro da região e dar voz às suas populações locais. Saiba mais sobre esta pesquisa e como pode contribuir para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável!
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