No próximo sábado, 12 de agosto, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) irá promover um ato simbólico em celebração ao Dia Nacional dos Direitos Humanos. A data, instituída em 2012, tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância das políticas voltadas para a promoção e defesa dos direitos humanos.
Homenagem à Líder Sindical Margarida Maria Alves
O ato terá como destaque uma homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, cuja trajetória foi marcada por sua corajosa luta em prol dos trabalhadores rurais e dos direitos fundamentais. Margarida, assassinada aos 50 anos em 1983, tornou-se um símbolo da resistência contra as adversidades enfrentadas durante a ditadura militar.
Documentário "Nos Caminhos de Margarida"
A programação terá início às 16h na Casa da Cidadania, localizada na Rua Marcelo Campos, nº 24, no bairro Vale Verde. Será exibido o documentário "Nos Caminhos de Margarida", produzido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O documentário retrata a trajetória inspiradora de Margarida Maria Alves e sua incansável luta pelos direitos dos trabalhadores rurais.
Plantio de Ipê como Símbolo da Dignidade Humana
Após a exibição do documentário, os participantes se deslocarão para a Rua Margarida Maria Alves, esquina com a Rua Gabriel Sales Pimenta. Lá, será realizado o plantio de um ipê, árvore que simboliza a dignidade da pessoa humana. A escolha dessa árvore emblemática reflete o compromisso em promover a conscientização sobre os direitos humanos e a importância de sua preservação.
Representatividade e Compromisso
Biel Rocha, Secretário da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), destacou a importância da data e das ações planejadas para o próximo sábado. "Que este dia possa servir para alertar toda a população que todos os seres humanos são sujeitos de direitos. O ipê que será plantado simboliza a dignidade da pessoa humana", afirmou. Ele ressaltou também o papel da Prefeitura de Juiz de Fora em relembrar e homenagear aqueles que lutaram pela democracia e pelos direitos fundamentais.
Legado de Margarida Maria Alves
Margarida Maria Alves, paraibana nascida em agosto de 1933, deixou um legado marcante em sua trajetória. Como sindicalista, liderou mais de 600 ações trabalhistas e denunciou abusos mesmo em tempos difíceis durante a ditadura. Fundadora do Centro de Educação e Cultura 3 do Trabalhador Rural, Margarida foi eleita presidente do sindicato rural de Alagoa Grande em 1973, onde lutou incansavelmente pelos direitos básicos dos trabalhadores rurais.
Sua coragem e determinação a colocaram em conflito com os interesses de proprietários de usinas de açúcar, senhores de engenho e fazendeiros locais. A violência que tirou sua vida, três meses após sua declaração de que preferiria "morrer na luta do que morrer de fome", evidenciou a crueldade dos desafios que enfrentava. Mesmo com repercussão internacional, os responsáveis pelo seu assassinato não foram responsabilizados.
Legado e Mobilização
O nome de Margarida Maria Alves dá nome à marcha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), realizada anualmente em Brasília no dia 12 de agosto, data de seu falecimento. Além disso, em 2000, foi criada a "Marcha das Margaridas", uma mobilização de trabalhadoras rurais que ocorre a cada quatro anos na capital brasileira. A 7ª edição deste evento está marcada para os dias 15 e 16 de agosto, reunindo mais de 100 mil mulheres em uma poderosa demonstração de força e solidariedade.
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