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Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024
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Festicidi2024 - Entrevista com Ugo Soares

Trajetória e reflexões sobre a 3ª edição do Festicidi - Festival Internacional de Cinema e Cultura da Diversidade

Alexandre Müller Hill Maestrini
Por Alexandre Müller Hill...
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Festicidi2024 - Entrevista com Ugo Soares
Assessoria Festicidi
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Por Alexandre Müller Hill Maestrini

Para entender melhor a história e os objetivos do Festicidi – Festival Internacional de Cinema e Cultura da Diversidade, conversamos com Ugo Soares, jornalista, cineasta, produtor cultural e presidente da Associação Cultural CineFanon. O festival, que entra em sua terceira edição em 2024, tem como foco a promoção da diversidade e dos direitos humanos através do cinema e das artes. Ugo compartilhou conosco sua trajetória pessoal e profissional, além de suas reflexões sobre a importância do festival para a cultura e a sociedade.

Assessoria_Festicidi: Ugo, você é jornalista, cineasta e produtor cultural, e também presidente da Associação Cultural CineFanon, que organiza o Festicidi. Pode nos contar um pouco sobre sua trajetória e como nasceu a ideia de criar o festival?
Ugo Soares: Minha trajetória no cinema e na cultura começou muito cedo, mas o CineFanon, que hoje é a base do Festicidi, surgiu em 2017. A ideia nasceu como um cineclube itinerante, levando filmes para comunidades periféricas de Juiz de Fora. Nossa primeira exibição foi no bairro Linhares, em janeiro de 2018. Desde o início, a proposta sempre foi mais do que simplesmente exibir filmes. Queríamos promover debates sobre cultura afro-brasileira, indígena, latina e LGBTQIA+, e isso se transformou em um projeto mais amplo, com oficinas, mostras itinerantes e, claro, o Festicidi, que chega à sua terceira edição neste ano.

Assessoria_Festicidi: O Festicidi tem um foco forte em direitos humanos e diversidade. Qual a importância de trazer esses temas para o centro do debate cultural, especialmente em um festival de cinema?
Ugo Soares: O cinema tem o poder de provocar reflexão e empatia de forma muito única. Desde o início do Festicidi, nosso foco foi usar essa força para abrir diálogos sobre temas urgentes, como racismo, vivências indígenas, a luta LGBTQIAPN+ e outros direitos humanos. Acredito que a arte, especialmente o cinema, pode ser uma ferramenta poderosa de transformação social. A ideia é que as pessoas saiam das sessões com novas perspectivas, mais sensíveis às questões que afetam diferentes grupos, e se sintam motivadas a promover mudanças na sociedade.
Assessoria_Festicidi: Este ano, o Festicidi está em sua terceira edição. O que o público pode esperar de diferente neste ano? Quais são os destaques da programação?
Ugo Soares: A 3ª edição do Festicidi vai ser ainda maior e mais diversa, estaremos presentes na Zona Norte e em mais três bairros da cidade. Estamos em um novo espaço, o Teatro Paschoal Carlos Magno, que oferece mais acessibilidade e conforto ao público. Temos uma programação rica com filmes que abordam questões fundamentais, como o racismo, a realidade indígena e as vivências LGBTQIAPN+. Um dos destaques é o documentário "O Contato", que retrata a situação de comunidades indígenas na tríplice fronteira do Brasil, Colômbia e Venezuela, atualmente ameaçadas pelo narco-garimpo. Além disso, teremos a Mostra Afro-latino-caribenha e oficinas culturais com grupos como o Bando de Teatro Olodum. E, claro, as apresentações artísticas e o “Culinária Musical” do Afrochefe Jorge Washington prometem ser um ponto alto do festival.
Assessoria_Festicidi: E qual tem sido a resposta do público ao longo dos anos? Como você vê a evolução do festival desde sua criação?
Ugo Soares: A resposta tem sido extremamente positiva, o que nos incentiva a continuar. A cada edição, vemos um público mais engajado e diverso, desde jovens de comunidades periféricas até pessoas que já acompanham festivais de cinema há anos. Temos ampliado a oferta de atividades, com oficinas e debates, e isso tem ajudado a conectar diferentes públicos. O que começou como um cineclube itinerante hoje se tornou um festival internacional, que atrai pessoas interessadas não só no cinema, mas nas questões de cidadania e direitos humanos. O Festicidi tem evoluído como um espaço de resistência e também de celebração da diferença.
Assessoria_Festicidi: Para finalizar, como você enxerga o futuro do Festicidi? Quais são os próximos passos?
Ugo Soares: O objetivo é continuar expandindo e levando o Festicidi para mais pessoas e lugares. Queremos tornar o festival um ponto de referência na discussão sobre cultura e diversidade, não só em Juiz de Fora, mas também em outros lugares do Brasil e até internacionalmente. Nosso próximo passo é criar novas parcerias, tanto no Brasil quanto fora, para continuar trazendo temas relevantes e filmes que dialoguem com a pluralidade de vozes que queremos amplificar.

As atividades do Festicidi são gratuitas, e as inscrições podem ser feitas através das redes sociais da Associação Cultural CineFanon. A programação completa, com detalhes das sessões de filmes e das oficinas, está disponível no perfil oficial do evento no link https://www.instagram.com/festicidi.jf/
(Fonte: Assessoria de Imprensa - Curso de Jornalismo Estácio Juiz de Fora)

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FONTE/CRÉDITOS: Assessoria Festicidi
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Alexandre Müller Hill Maestrini

Publicado por:

Alexandre Müller Hill Maestrini

Alexandre Müller Hill Maestrini é professor de alemão no Instituto Autobahn e autor de quatro livros: Cerveja, Alemães e Juiz de Fora, Franz Hill – Diário de um Imigrante Alemão, Lindolfo Hill – Um outro olhar para a esquerda e Arte Sutil.

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