A Ferrovia Tereza Cristina é uma das mais significativas, abrangendo cerca de 164 km, ligando a região carbonífera de Criciúma ao Porto de Imbituba. Essa ferrovia é essencial para o escoamento de carvão mineral, além de transportar outros produtos como grãos e cimento.
A Ferrovia Malha Sul, por sua vez, faz parte de uma rede ferroviária mais ampla que atravessa o estado, conectando-o a São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Essa ferrovia é fundamental para o transporte de commodities agrícolas, produtos siderúrgicos e industriais, além de atender ao Porto de São Francisco do Sul, um dos maiores do estado.
O mapa ferroviário de Santa Catarina é uma peça na logística do sul do Brasil, impulsionando o desenvolvimento econômico do estado e garantindo a competitividade dos produtos catarinenses no mercado nacional e internacional.
Mapa ferroviário de Santa Catarina atualizado
Confira, abaixo, o mapa ferroviário SC atualizado.
As principais e maiores ferrovias de Santa Catarina (SC)
O estado de Santa Catarina, localizado no sul do Brasil, possui uma malha ferroviária modesta em extensão, mas de grande importância econômica e estratégica.
As principais ferrovias que operam em Santa Catarina são a Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e a Ferrovia Malha Sul, administrada pela Rumo Logística. Ambas desempenham papéis no transporte de cargas, principalmente no escoamento de produtos para a economia do estado e do país.
Ferrovia Tereza Cristina (FTC)
A Ferrovia Tereza Cristina é uma das mais antigas e relevantes ferrovias de Santa Catarina, com uma história que remonta ao século XIX. Inicialmente construída para transportar carvão mineral das minas de Lauro Muller até os portos de Imbituba e Laguna, a FTC continua a desempenhar essa função até hoje, sendo a única ferrovia que opera exclusivamente dentro do estado.
Com 164 km de extensão, a FTC atravessa 14 municípios do sul catarinense, como Imbituba, Tubarão, Criciúma e Siderópolis. Essa linha férrea é vital para a economia regional, pois além do carvão, também transporta produtos cerâmicos e outros materiais, conectando a produção local aos mercados externos por meio do Porto de Imbituba. A ferrovia opera com 10 locomotivas e cerca de 440 vagões, movimentando milhares de toneladas de carga anualmente.
A história da FTC é marcada por diversas transformações. Originalmente estatal, foi privatizada na década de 1990, passando a ser operada pela empresa Ferrovia Tereza Cristina S/A. Desde então, a ferrovia passou por modernizações e melhorias, mas ainda enfrenta desafios como a necessidade de manutenção e a adaptação às novas demandas logísticas.
Ferrovia Malha Sul
A Ferrovia Malha Sul, operada pela Rumo Logística, é outra peça no mapa ferroviário de Santa Catarina. Embora seja parte de uma malha ferroviária muito mais extensa, que se estende por vários estados brasileiros, a porção catarinense dessa linha desempenha um papel de peso no transporte de commodities agrícolas, combustíveis, produtos siderúrgicos e outros bens.
A Malha Sul se estende por cerca de 1.300 km dentro de Santa Catarina, conectando o estado a outras regiões do Brasil, como o Paraná e São Paulo, e aos importantes portos catarinenses, como o Porto de São Francisco do Sul. Este porto é um dos mais movimentados do estado, e a ferrovia é fundamental para o escoamento da produção agrícola, principalmente soja e milho, que são exportados para mercados internacionais.
Originalmente conhecida como Ferrovia América Latina Logística (ALL), a Malha Sul foi adquirida pela Rumo Logística, que é atualmente a maior operadora ferroviária do Brasil. Com uma extensão total de 12.900 km de malha ferroviária em vários estados, a Rumo desempenha um papel central na logística nacional, e sua atuação em Santa Catarina é vital para a economia local.
Desafios e futuro das ferrovias catarinenses
Apesar de sua importância, as ferrovias em Santa Catarina enfrentam diversos desafios. Um dos principais problemas é a falta de expansão e modernização significativa ao longo das últimas décadas. A malha ferroviária do Brasil, de maneira geral, estagnou desde os anos 1960, e Santa Catarina não foi exceção.
A infraestrutura existente muitas vezes não acompanha as necessidades crescentes da economia local, especialmente no que diz respeito ao transporte de grãos e outros produtos do agronegócio.
Um exemplo das limitações enfrentadas é o chamado "caminho do milho". O oeste catarinense, uma das regiões mais produtivas em suínos e aves do país, depende fortemente da importação de milho de estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Atualmente, essa logística é realizada majoritariamente por rodovias, com mais de 1000 caminhões percorrendo longas distâncias diariamente. As condições precárias das estradas e os altos custos de frete tornam essa operação extremamente onerosa, afetando a competitividade do agronegócio catarinense.
Projetos futurísticos
Para superar esses desafios, novos projetos ferroviários estão em discussão. Dois dos mais significativos são a Ferrovia Leste-Oeste e a Ferrovia Litorânea.
A Ferrovia Leste-Oeste tem sido discutida há anos e visa conectar a cidade de Chapecó, no oeste catarinense, ao porto de Itajaí, com uma extensão planejada de 610 km. Esse projeto, se concretizado, poderia revolucionar a logística de transporte de cargas no estado, diminuindo os custos operacionais, preservando o meio ambiente e reduzindo a dependência das rodovias.
A Ferrovia Litorânea, por sua vez, é projetada para aprimorar o transporte de cargas ao longo da costa catarinense, interligando os portos de São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba. A proposta é conectar esses importantes pontos de escoamento ao resto do estado e do país, facilitando a exportação de produtos agropecuários e outros bens.
Tudo sobre malha ferroviária em SC
Confira, abaixo, as principais notícias sobre a malha ferroviária em Santa Catarina (SC).
SC avança com projetos de novas ferrovias: investimentos e prazos
Santa Catarina está progredindo nos planos para a construção de duas novas ferrovias, com a conclusão dos estudos prevista para o início de 2025. O primeiro projeto é a criação de um corredor ferroviário de 319 km entre Chapecó e Correia Pinto, programado para ser concluído até março de 2025.
Esse projeto, iniciado em 2022, tem um custo estimado de US$ 2 bilhões e visa fortalecer o agronegócio na região, conectando o oeste catarinense ao Planalto Serrano e, consequentemente, ao litoral.
O segundo projeto envolve uma ferrovia de 62 km entre Araquari e Navegantes, com previsão de finalização para fevereiro de 2025. Iniciado também em 2022, com um custo de US$ 300 milhões, o projeto busca criar uma conexão essencial entre os portos de São Francisco do Sul e Itajaí, ampliando a integração logística no estado.
O governo de Santa Catarina está em busca de recursos para financiar essas obras, incluindo negociações com investidores internacionais. O investimento total estimado para ambas as ferrovias é de R$ 12 bilhões. Esses projetos são vistos como fundamentais para modernizar a malha ferroviária catarinense e impulsionar o desenvolvimento econômico da região, melhorando a eficiência logística e fortalecendo a conexão entre os principais centros econômicos e portos do estado.
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Os governos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão unindo forças para apresentar demandas conjuntas ao governo federal sobre a concessão da Malha Sul, uma ferrovia de 7.223 quilômetros que atravessa os três estados.
Atualmente administrada pela Rumo, a concessão está prevista para terminar em fevereiro de 2027. Os estados expressam insatisfação com a gestão atual, apontando falta de investimentos e abandono de trechos importantes, especialmente no Rio Grande do Sul.
Diante desse cenário, representantes dos três estados planejam se reunir com o Ministério dos Transportes em Brasília para discutir o futuro da concessão. A principal preocupação é que, se mal conduzido, o processo de renovação ou nova licitação possa condenar a Malha Sul a mais 30 anos de precariedade.
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, destacou que essa é uma oportunidade histórica para melhorar a infraestrutura ferroviária da região.
Além disso, há preocupações com a subutilização de alguns trechos e a necessidade de interromper o ciclo de degradação da malha ferroviária. Os estados contratam estudos próprios para levantar a real demanda de carga, questionando os dados apresentados pela Rumo.
As decisões tomadas sobre a Malha Sul terão impacto significativo na economia da região e na competitividade dos estados do Sul nos próximos anos.
Estudo de viabilidade para implantação da Ferrovia Ferroeste foi iniciado
O estudo de viabilidade para a implantação da Ferrovia Ferroeste, que pretende conectar os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, foi iniciado. Esta ferrovia terá uma extensão de cerca de 2 mil km e é parte de um grande projeto intermodal que visa melhorar a logística e a competitividade econômica da região Sul.
A atual etapa do projeto envolve a análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental, conduzida pela empresa Engevix, vencedora da licitação. Os técnicos estão percorrendo propriedades rurais em regiões próximas às rodovias SC 135 e BR 470, incluindo os municípios de Campos Novos, Brunópolis e Curitibanos, para dimensionar o possível traçado da ferrovia.
Este trecho específico, entre Correia Pinto e Chapecó, cobrirá mais de 300 km e incluirá dois terminais de carga, facilitando o transporte de grãos, carne, combustíveis, biocombustíveis e outros produtos.
A implantação desta ferrovia é vista como um avanço significativo para a economia da região, com potencial para reduzir os custos de transporte entre 20% e 30%. No Oeste catarinense, a economia anual com frete pode chegar a R$ 600 milhões.
Além disso, estão sendo realizados estudos para o possível ramal que conectará Correia Pinto aos portos de Imbituba e Itajaí, ampliando ainda mais a malha ferroviária do estado e integrando-a ao transporte rodoviário e marítimo.
Projetos de ferrovias de SC são discutidos em audiência pública
Uma audiência pública realizada em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, discutiu os projetos de novas ferrovias no estado. O evento, ocorrido na segunda-feira, 13 de maio de 2024, contou com a participação de prefeitos, vereadores, representantes da sociedade organizada e membros da comunidade regional. O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, também esteve presente.
Durante a audiência, foram abordados os dois principais projetos ferroviários em desenvolvimento no estado. O primeiro projeto prevê a construção de uma ferrovia de 319 quilômetros entre as cidades de Chapecó e Correia Pinto, com um investimento estimado em US$ 2 bilhões. O segundo projeto é a construção de uma ferrovia de 62 quilômetros que ligará Navegantes a Araquari. Ambos os projetos somam um investimento de aproximadamente R$ 32 milhões, com conclusão prevista para abril de 2025.
A audiência pública também destacou a importância do terminal de cargas planejado para Joaçaba, que promete impulsionar o desenvolvimento econômico da região ao facilitar o transporte de mercadorias.
O secretário Beto Martins ressaltou que a determinação do governador Jorginho Mello é garantir que a população das regiões beneficiadas esteja informada e engajada no debate sobre esses projetos.
Esses novos projetos ferroviários representam uma oportunidade de crescimento para Santa Catarina, melhorando a infraestrutura de transporte e promovendo o desenvolvimento regional.
Movimentação de cargas por ferrovias subiu 10,4% de janeiro a abril em SC
Santa Catarina registrou um aumento significativo na movimentação de cargas ferroviárias nos primeiros quatro meses de 2024, alcançando um crescimento de 10,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Ferroviários (ANTT), foram transportadas 2,3 milhões de toneladas entre janeiro e abril. Este resultado supera a média nacional, que foi de 8,5% no mesmo período.
O mês de abril destacou-se como o melhor do ano até agora, com um total de 628,9 mil toneladas movimentadas. A Rumo Logística, concessionária da Malha Sul, foi responsável pelo transporte de 261,4 mil toneladas em abril, acumulando 1,3 milhão de toneladas no ano. Já a Ferrovia Tereza Cristina movimentou 267,5 mil toneladas em abril, totalizando 1,02 milhão de toneladas no mesmo período.
Entre os principais produtos transportados estão a soja, com 975,1 mil toneladas, seguida pelo carvão mineral (826,5 mil toneladas), milho (322,4 mil toneladas), cargas conteinerizadas (198,4 mil toneladas) e óleo diesel (25,9 mil toneladas).
Santa Catarina possui 763 quilômetros de malha ferroviária em operação, o que representa 1,47% da movimentação nacional, que totalizou 160,3 milhões de toneladas nos primeiros quatro meses de 2024.
Cerca de 65% das cargas ferroviárias do estado são destinadas ao mercado externo, destacando a importância das ferrovias para a economia regional.
Ligando Navegantes a Araquari, Ferrovia dos Portos é alternativa para o trânsito e economia de SC
A Ferrovia dos Portos, que conecta Navegantes a Araquari, foi proposta como uma alternativa estratégica para aliviar o trânsito nas rodovias e impulsionar a economia de Santa Catarina.
Com 62 quilômetros de extensão, essa nova linha ferroviária tem o objetivo de integrar três dos principais portos do estado: Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul.
A proposta visa reduzir o número de caminhões nas estradas, melhorando a mobilidade urbana e diminuindo os acidentes de trânsito.
Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que, em 2023, Santa Catarina foi o segundo estado com o maior número de acidentes envolvendo caminhões, com 7,7 mil ocorrências. A Ferrovia dos Portos, ao transportar até 10 milhões de toneladas por viagem, promete retirar mais de 3,5 mil caminhões das rodovias em cada operação.
Além dos benefícios para o trânsito, a ferrovia contribuirá para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO₂), um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. O modal ferroviário emite 96% menos CO₂ em comparação ao transporte rodoviário, tornando-se uma opção mais sustentável para o escoamento de cargas.
Com um custo estimado em US$ 300 milhões, a ferrovia está prevista para entrar em operação em 2033, representando um passo significativo para a modernização da infraestrutura de transporte de Santa Catarina e fortalecendo o estado como um importante corredor logístico no Brasil.
E então, mais alguma dúvida sobre mapa de ferrovias em SC?
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