Na tarde desta quinta-feira, a Imperatriz Leopoldinense e o mundo do samba foram abalados pela notícia da morte do mestre-sala Chiquinho, aos 60 anos. Com mais de duas décadas de dedicação à escola, Chiquinho se destacou por seu talento e elegância na Marquês de Sapucaí, deixando um legado indelével no carnaval carioca. Ele estava internado em estado grave no CTI do Hospital Getúlio Vargas, após ser diagnosticado com uma infecção generalizada.
Chiquinho, que fez história ao lado da icônica porta-bandeira Maria Helena, sua mãe, conquistou seis títulos como campeão da Imperatriz nos anos 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. A relação entre mãe e filho era marcada por uma profunda conexão no samba, e ambos foram homenageados em 2004 pela música "Maria Helena e Chiquinho", de Jorge Ben Jor. A canção foi inspirada em um momento emocionante em que Chiquinho chorou diante dos jurados, refletindo a complexidade de sua relação com a mãe.
A morte de Maria Helena, em 2022, teve um impacto profundo na vida de Chiquinho, segundo sua filha, Bruna Carpinette. A saúde do mestre-sala começou a deteriorar-se em setembro, levando a múltiplas internações até o diagnóstico final. A família enfrentou desafios e incertezas ao longo do tratamento, mas a condição de Chiquinho se agravou rapidamente nas últimas semanas, culminando em um quadro irreversível.
Em uma nota de pesar, a Imperatriz homenageou Chiquinho como "dono de um estilo inconfundível", destacando sua contribuição para a escola e sua influência sobre novas gerações de mestres-salas. O velório está marcado para o meio-dia desta sexta-feira, na quadra da Imperatriz, seguido do sepultamento no Cemitério de Inhaúma.
Chiquinho deixa sua esposa e três filhos, além de um legado eterno no coração dos amantes do carnaval. A comunidade do samba lamenta a perda de um de seus mais ilustres representantes, que será lembrado por sua paixão e dedicação ao samba.