A Bíblia não apareceu do nada. É um rico mosaico de narrativas, profecias, instruções e poemas escritos por diversos autores ao longo dos séculos antes e pouco depois da vinda de Cristo. Livros no Novo Testamento foram escritos por apóstolos. Cristão acreditam que esses livros foram escritos por inspiração Divina, pois Deus Único inspira os seres humanos em arte, ciência e na escrita da palavra de Deus. Pense nela como uma antologia cuidadosamente selecionada, onde as entradas foram escolhidas de um conjunto vasto de escritos.
Aqui está um detalhe intrigante: os textos que foram selecionados foram escolhidos por humanos, não por uma mão divina. E esse processo de seleção não foi direto. Foi repleto de debates, discussões e até desacordos. É intrigante, mas para os cristãos a explicação é que esses homens foram inspirados por Deus. No final é a vontade Dele que prevalece na escritura dos textos, para eles.
Talvez você tenha se deparado com uma crença popular, especialmente se leu “O Código Da Vinci” de Dan Brown, que sugere que o Concílio de Niceia, em 325 d.C., sob Constantino I, decidiu sobre o conteúdo da Bíblia. Essa ideia nos faz imaginar uma grande assembleia meticulosamente elaborando o livro sagrado. Mas adivinhe? Isso é mais ficção do que fato.
Embora o Concílio de Niceia tenha sido um evento significativo, seu foco principal não era o cânon bíblico. Em vez disso, foi convocado para entender o enigma da Trindade: o conceito de que Jesus é simultaneamente o filho, o pai e o Espírito Santo. A narrativa de Dan Brown, embora cativante, deu origem inadvertidamente a um mito moderno, levando muitos a interpretar mal as origens da Bíblia.
Então, se não foi no Concílio, quando e como o conteúdo da Bíblia foi decidido? Bem, o processo foi descentralizado e evoluiu com o tempo. Não houve um comitê único ou um grande evento revelador. A compilação que reconhecemos como a Bíblia hoje, que curiosamente varia entre as denominações cristãs, foi discutida, debatida e refinada ao longo de períodos extensos.
Do primeiro ao quarto século d.C., as discussões sobre quais textos deveriam ser considerados ‘canônicos’ eram intensas. Autoridades da Igreja e estudiosos debatiam apaixonadamente a favor ou contra textos específicos. E, neste ambiente intenso, aqueles que discordavam das opiniões dominantes eram frequentemente rotulados de hereges. Você consegue imaginar a fervor e tensão nesses debates?
É como se clubes de leitura modernos discutissem apaixonadamente os méritos de um best-seller. Só que, neste caso, as apostas eram muito mais altas. Com o tempo, as vozes mais influentes nesses debates prevaleceram. Textos que ganharam aceitação generalizada encontraram seu lugar no cânon, enquanto o resto desapareceu.
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