Uma pesquisa realizada pelo Instituto Butantan identificou um potencial antiviral no extrato aquoso de própolis, capaz de reduzir a replicação dos vírus zika, chikungunya e mayaro. Estes três vírus, transmitidos por mosquitos comuns no Brasil, causam arboviroses para as quais não existem vacinas ou tratamentos específicos. A equipe de cientistas, liderada por Pedro Ismael Silva Júnior e Ronaldo Mendonça, conduziu o estudo no Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), e os resultados foram publicados na revista Scientific Reports.
Preparação e Resultados dos Testes
O extrato foi preparado a partir da própolis da abelha brasileira Scaptotrigona aff postica, coletada no Maranhão. A própolis foi triturada, purificada e diluída em água. Durante os testes in vitro, a substância foi aplicada a células infectadas com os vírus. Os pesquisadores observaram uma redução de 16 vezes na carga viral do zika, 32 vezes na do mayaro e uma redução impressionante de 512 vezes no chikungunya.
Perspectivas Futuras
Embora promissores, os resultados ainda estão restritos ao laboratório. O próximo passo é entender quais componentes específicos da própolis oferecem a atividade antiviral e como ela varia ao longo do ano, conforme a florada da região do Maranhão. A equipe planeja realizar estudos in vivo, para testar a eficácia em organismos vivos, antes de considerar a possibilidade de estudos em humanos.
Esta pesquisa ressalta a importância da biodiversidade brasileira e a potencial contribuição da flora nativa para o desenvolvimento de tratamentos. No entanto, o caminho para o desenvolvimento de um medicamento é longo e exigirá muitas etapas, incluindo testes em animais e, posteriormente, em humanos.
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