Marcos Vinícius Pereira, nascido e criado na fazenda em Coromandel, no Cerrado mineiro, sempre esteve envolvido na produção de leite ao lado de seu pai, José Flávio Pereira. A família possui 130 animais em uma propriedade de 50 hectares, com 50 vacas destinadas à lactação, produzindo cerca de 500 litros diários. No entanto, depender exclusivamente do leite tem se tornado um desafio devido às frequentes crises no setor. Por isso, diversificar se tornou uma necessidade.
“O setor está passando por um momento difícil devido aos preços desfavoráveis”, lembra José Flávio. Quando Marcos retornou à fazenda após se formar em engenharia ambiental, ele começou a pesquisar alternativas de investimento. Optou pela cultura da mandioca, uma atividade que demanda menos mão de obra e pode ser intercalada com a produção de leite.
Inicialmente, Marcos plantou mandioca em meio hectare, mas hoje já são quatro hectares dedicados à cultura. Para agregar valor, ele também investiu em uma pequena agroindústria que processa a mandioca de forma mínima. “Começamos trabalhando na varanda de casa, mas à medida que crescemos, precisamos de um espaço mais adequado. Foi quando procuramos a Emater-MG, que, junto com a Vigilância Sanitária, orientou o projeto e a construção”, relata.
A agroindústria processa aproximadamente 700 quilos de mandioca por semana. Além de atender ao mercado local, eles também fornecem mandioca para a alimentação escolar por meio da Emater-MG. “As escolas já pagam o preço final, o que é muito vantajoso”, destaca Marcos.
Pai e filho também contam com o apoio técnico da Emater-MG desde a década de 90. Essa parceria tem sido fundamental para o sucesso da agroindústria e para a diversificação da renda familiar.
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