“Nenhum município é isolado. Como a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) identificou uma tendência epidemiológica para um aumento de casos de dengue e chikungunya em todo o estado, sabemos que isso inclui os 31 municípios da jurisprudência da Gerência Regional de Saúde de Ubá. O vetor dessas doenças, o mosquito Aedes aegypti, está em todas as cidades cujas populações têm convívio diário no comércio, trabalho e relações familiares. Isso faz com que possam ser infectadas e levem os vírus para o município de domicílio, onde tem o vetor, iniciando o processo de contágio localmente. Por isso, o enfrentamento deve e tem que ser em nível regional”.
Essa foi a fala de abertura do diretor da GRS Ubá, Franklin Leandro Neto, para o evento “Diálogos entre comunicação, mobilização e arboviroses”, realizado no dia 6/2 no plenário da Câmara de Vereadores de Ubá. Como parte da estratégia da Sala de Situação da GRS Ubá para enfrentamento do segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya em Minas Gerais, foi realizada esta reunião das microrregiões de Saúde de Ubá e Muriaé, com representantes do governo estadual e municipal, fundações, autarquias, empresas públicas e setores da iniciativa privada. O objetivo foi o alinhamento de mobilizações regionais contra o mosquito.
Segundo dados do último boletim epidemiológico, divulgado dia 5/2, Minas Gerais já tem, entre 1° de janeiro e 5 de fevereiro, cerca 25% de casos prováveis de dengue em relação aos números registrados durante todo o ano de 2023. Já são 111.107 casos prováveis em 2024, enquanto em 2023 foram pouco mais de 420 mil.
O cenário epidemiológico do território da regional Ubá registrava, até o dia 5/2, 20 casos confirmados para a dengue e 745 casos prováveis, além de dois óbitos em investigação, e oito casos prováveis de chikungunya. “É urgente que ações imediatas sejam tomadas, pois a previsão é de que até março devemos ter o pico de casos no estado, e também regionalmente”, destacou Fábio Ribas, coordenador de Vigilância em Saúde da GRS Ubá. A estratégia de comunicação e de mobilização social da SES-MG foi apresentada por Priscilla Fujiwara, coordenadora das assessorias de comunicação regionais e da Rede Estadual de Mobilização Social. “Conseguimos sensibilizar e trazer para essa atuação conjunta diversos setores da sociedade civil e do estado, atingindo um público que nem sempre as secretarias de Saúde conseguem”, pontuou Priscila. “Todos entenderam a emergência sanitária no estado, em decorrência do aumento do número de casos confirmados de dengue, e se comprometeram com a causa”, completou a coordenadora.
Nas próximas semanas serão realizadas ações em todos os 31 municípios da área da GRS Ubá, culminando no Dia D estadual, em 24 de fevereiro, quando todos os municípios realizarão mutirão comunitário. A iniciativa da Gerência Regional de Saúde de Ubá contou com o apoio de parceiros estaduais como Copasa, Fhemig, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU 192, Superintendência Regional de Ensino (SRE), Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Centro Universitário FAMINAS, Centro Universitário UNIFAGOC, Aciubá (Associação Comercial e Industrial de Ubá), Intersind (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá), e imprensa local.