A corrida contra a dengue está a todo vapor, com os laboratórios da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) desempenhando um papel crucial na detecção precoce da doença em regiões de Minas Gerais. Em meio a salas de atendimento médico lotadas e uma busca frenética por repelentes nas farmácias, a UFJF intensifica seus esforços para combater a propagação dessas doenças virais.
Análise de Amostras em Alta Demanda
Os laboratórios da UFJF têm enfrentado uma demanda intensa desde o início deste ano, realizando análises de testes moleculares para identificação de dengue, zika e chikungunya, as conhecidas arboviroses. Cerca de 300 amostras são recebidas semanalmente, abrangendo uma área significativa com 52 municípios mineiros e uma população de 1 milhão de habitantes.
Taxa de Positividade e Precauções Necessárias
Segundo dados dos laboratórios, a taxa de positividade para dengue varia, sendo de 25% no Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia e 60% no Centro de Estudos em Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas (Cemic/ICB). Isso evidencia a urgência do problema na região.
É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dores de cabeça e no corpo, além de outros sintomas como diarreia, vômito e manchas na pele. O diagnóstico precoce é crucial, pois a coleta de sangue para o exame de RT-PCR deve ser feita até o quinto dia de sintomas.
Importância da Parceria e Pesquisa Contínua
Os laboratórios da UFJF têm desempenhado um papel vital no enfrentamento das arboviroses, inclusive colaborando no combate à pandemia de COVID-19. A parceria com o governo estadual e o status de centros colaboradores da Rede de Laboratórios de Saúde Pública de Minas Gerais demonstram o compromisso da universidade com a saúde pública.
Além das análises para arboviroses, os laboratórios também realizam testes para febre amarela, destacando-se como importantes centros de pesquisa e apoio à comunidade.
Combate ao Mosquito e Pesquisa em Andamento
Enquanto a população enfrenta os desafios da epidemia de dengue, os especialistas alertam para a importância da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal vetor das arboviroses. Além disso, a pesquisa científica continua buscando novas estratégias de controle, incluindo modificação genética do mosquito e desenvolvimento de vacinas.