Na terça-feira (5), a China divulgou sua meta de crescimento do PIB para 2024, estabelecendo-a em 5%. O primeiro-ministro Li Qiang descreveu a meta como "modesta", reconhecendo os desafios associados à sua realização em um contexto de desaceleração econômica. Ele instou a manutenção da política econômica atual e a coordenação de esforços de todas as partes para alcançar esse objetivo durante a sessão anual da Assembleia Popular Nacional, em Pequim.
A desaceleração econômica chinesa levanta preocupações sobre seu impacto no mercado imobiliário e em outros setores. O economista-chefe para a China do banco UBS, Wang Tao, classificou a meta como ambiciosa, considerando os desafios atuais.
Em 2023, a China superou sua meta de crescimento, atingindo um PIB de 126,06 trilhões de yuans, com um crescimento de 5,2%. Embora esse resultado tenha sido elogiado, o país enfrenta projeções de desaceleração nos próximos anos, com o FMI prevendo um crescimento de 4,6% em 2024 e 3,4% em 2028.
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Os especialistas destacam que, embora a China ainda tenha um papel relevante na economia global, é mais difícil alcançar altas taxas de crescimento em uma economia tão grande. A desaceleração atual representa uma mudança significativa em relação ao passado, onde a China mantinha taxas de crescimento mais elevadas.
Essa perspectiva sugere que a China continuará a enfrentar desafios econômicos à medida que busca equilibrar o crescimento com a estabilidade financeira e estrutural em um ambiente global em constante mudança.