No que parece ser uma tentativa de conter uma escalada de violência na região do Cáucaso, autoridades de Nagorno-Karabakh anunciaram hoje a aceitação de uma proposta de cessar-fogo apresentada pelas forças de manutenção da paz russas. Essa decisão chega apenas um dia após o Azerbaijão ter lançado uma operação militar na área disputada.
A terça-feira (19) marcou o início daquilo que o Azerbaijão chamou de campanha "antiterrorista" contra as forças separatistas que controlam Nagorno-Karabakh. Segundo autoridades de Karabakh, essa ofensiva resultou em dezenas de mortos e centenas de feridos.
O território de Nagorno-Karabakh, de maioria étnica armênia, tem sido motivo de disputa entre Armênia e Azerbaijão há décadas. A região viveu um conflito sangrento entre 1988 e 1994, que deixou dezenas de milhares de mortos e resultou em um cessar-fogo que, embora instável, permaneceu em vigor até recentemente.
A nova escalada das tensões está causando preocupação na comunidade internacional, que teme uma repetição do conflito devastador do passado. A Rússia, que tem sido um mediador importante nesse conflito de longa data, apresentou a proposta de cessar-fogo como um esforço para evitar uma escalada ainda maior.
As autoridades russas estão buscando negociar um acordo que permita que todas as partes envolvidas no conflito retomem as negociações de paz e evitem uma escalada ainda maior da violência na região.
A situação em Nagorno-Karabakh permanece fluida e volátil, e o mundo observa atentamente as próximas etapas nas negociações de cessar-fogo. A comunidade internacional está unida em sua esperança de que uma solução pacífica e duradoura possa ser alcançada para pôr fim a décadas de conflito na região.
O cessar-fogo deveria começar às 13h (horário local) desta quarta-feira, anunciou o gabinete presidencial de Nagorno-Karabakh.