Com o objetivo de tentar reverter a decisão do Governo de Minas em suspender o envio de R$ 150 milhões para a retomada das obras do Hospital Regional de Juiz de Fora, o Ministério Público de Minas Gerais marcou uma reunião para discutir possíveis ações. O encontro está marcado para a próxima terça-feira (23) e contará com a participação de promotores de Justiça, representantes do Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) do MPMG, do Governo de Minas e Prefeitura de Juiz de Fora.
Na última semana, , o secretário de Saúde Fábio Baccheretti afirmou que a decisão foi tomada após os engenheiros constatarem erros graves em relação ao processo de construção, que necessitária de um amplo reforço estrutural. Entretanto, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirma que o estado tinha um compromisso assumido, a partir de uma indenização paga pela mineradora Vale como reparação pelos danos ambientais causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho, para concluir as obras do hospital.
De acordo com o Ministério Público, desde setembro de 2022, o Governo de Minas tinha amplo conhecimento das medidas de adequação e reprogramação estrutural necessárias para retomar as obras, conforme demonstrado por um estudo técnico elaborado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) apresentado pelo próprio Estado.
A construção do Hospital Regional foi iniciada em 2010 e paralisada em 2017, resultando em seis anos de interrupção no serviço, mas cerca de 70% dos trabalhos foram concluídos até o momento da paralisação. O Governo de Minas afirma que a suspensão das obras resultaria na transferência do investimento para o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).