O Ministério Público da Espanha solicitou formalmente, nesta quarta-feira, a prisão do treinador Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sob acusações de fraude fiscal, alegando que ele sonegou 1 milhão de euros em impostos. As acusações se referem à primeira passagem de Ancelotti pelo clube espanhol, quando ele assinou contrato em julho de 2013.
Durante esse acordo, Ancelotti transferiu seus direitos de imagem para a empresa Vapia Limited por um período de 10 anos, ao preço de 25 milhões de euros. No entanto, um dia após a transferência, a empresa nomeou Ancelotti como seu representante, concedendo-lhe "máximos poderes de atuação para gerir seus direitos de imagem". Posteriormente, um acordo foi formalizado para modificar a duração do contrato para três anos, reduzindo o valor dos direitos de imagem em 1 milhão de euros.
Essa estrutura complexa levanta questões sobre a legalidade das transações e levou as autoridades fiscais espanholas a acusarem Ancelotti de tentar evitar o pagamento de impostos sobre seus ganhos de direitos de imagem. Se comprovadas, essas alegações podem resultar em consequências legais severas para Ancelotti, incluindo multas substanciais e possível prisão.
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Ancelotti terá a oportunidade de contestar as acusações e se defender perante as autoridades e o sistema judicial espanhol. No entanto, o caso destaca a importância da transparência e conformidade com as leis tributárias para todos os indivíduos, independentemente de sua posição ou prestígio.