Israel aprovou na 3ª feira (21/11/2023) um acordo de cessar-fogo com o Hamas que determina a libertação de reféns detidos pelo grupo extremista na Faixa de Gaza. A decisão se deu depois de uma série de reuniões entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outras autoridades do governo. Na 1ª fase do acordo, o Hamas deve libertar cerca de 50 mulheres e crianças israelenses com menos de 19 anos detidas em Gaza, enquanto Israel deverá soltar aproximadamente 150 prisioneiros palestinos –a maioria sendo mulheres e menores– durante um cessar-fogo de 4 dias.
Em comunicado publicado pelo Hamas nesta 4ª feira (22/11/23) no Telegram, o grupo extremista detalha outros termos do acordo. São eles: proibição do tráfego aéreo no sul de Gaza por 4 dias; proibição do tráfego aéreo no norte de Gaza por 6 horas em cada dia de trégua; livre circulação de pessoas, especialmente na rua Salah Al-Din, para facilitar o deslocamento do norte para o sul da Faixa de Gaza; Segundo a CNN, a resolução foi aprovada por uma “maioria significativa” do Gabinete de Guerra do governo de Israel durante votação que durou mais de 6 horas. As negociações foram mediadas pelo Qatar, EUA e Egito.
O acordo também estabelece que Israel permitirá a entrada diária de aproximadamente 300 caminhões de ajuda em Gaza, provenientes do Egito. Durante a pausa nos combates, também será autorizada a entrada de mais combustível ao território, segundo as autoridades israelenses. Na 2ª fase do acordo, o Hamas poderá libertar mais reféns em troca de Israel estender o cessar-fogo. Estima-se que cerca de 240 pessoas sejam mantidas reféns desde o início da guerra, em 7 de outubro, sendo a maioria israelense. PRISIONEIROS PALESTINOS Esta semana, a ONG Addameer relatou que cerca de 200 homens, a maioria adolescentes do sexo feminino. Antes da ofensiva do grupo extremista no início de outubro, a organização afirma que cerca de 150 homens e 30 mulheres e meninas estavam nas prisões israelenses. Os dados são do Serviço Prisional de Israel, responsável pelas prisões do país. Além disso, familiares dos detidos também forneceram informações. Segundo o jornal norte-americano New York Times, muitas prisões recentes foram realizadas em operações na Cisjordânia ocupada por Israel, que registrou aumento em protestos nos últimos dias. O governo israelense afirma que as detenções fazem parte de uma operação antiterror contra o Hamas na região. A Addameer afirma que o número de prisioneiros políticos palestinos em Israel chegou a 7.000, abrangendo israelenses e residentes de Gaza e Cisjordânia. Conforme a ONG, a maioria dos detidos desde a ofensiva do Hamas está sob “detenção administrativa”, o que significa que são mantidos presos indefinidamente sem acusações.
Segundo o Axios, o acordo aprovado na 3ª feira (21/11) estabelece que, nas próximas 24 horas, os nomes dos prisioneiros palestinos a serem libertos sejam divulgados, permitindo que cidadãos israelenses contestem a libertação por meio judicial. Israel não soltará prisioneiros palestinos condenados por assassinato de israelenses. O governo de Israel divulgou nesta 4ª feira (22/11) uma lista de 300 prisioneiros que devem ser libertos em troca de reféns israelenses. Além disso, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra vai continuar na Faixa de Gaza ddepois da trégua de 4 dias acordada com o Hamas. “O Governo de Israel, as FDI [Forças de Defesa de Israel] e os serviços de segurança continuarão a guerra para resgatar todos os reféns, completar a eliminação do Hamas e garantir que não haverá nova ameaça ao Estado de Israel a partir de Gaza”, disse.
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