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Sabado, 18 de Janeiro de 2025
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Curiosidades

Estoicismo | A arte para lidar com o caos e burnout

Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mundo. De acordo com a OMS, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome, e o estoicismo pode auxiliar.

Daiane de Souza
Por Daiane de Souza
Estoicismo | A arte para lidar com o caos e burnout
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O estoicismo é uma filosofia de vida que enfatiza a virtude, a razão e a autossuficiência, promovendo a paz interior diante das adversidades externas. 

Criado na Grécia Antiga por Zenão de Cítio no início do século III a.C., o estoicismo ensina que a felicidade se alcança compreendendo e aceitando o que está fora do nosso controle, enquanto se empenha ativamente nas coisas que podemos controlar. 

As principais características do estoicismo incluem a prática da moderação, o desenvolvimento da autoconsciência, a resiliência emocional e a valorização da liberdade interior acima das influências externas.

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Nos dias atuais, diante do aumento de casos de burnout, uma condição de esgotamento profundo relacionada ao estresse crônico no trabalho, o estoicismo oferece ferramentas valiosas para a gestão do estresse e a promoção do bem-estar mental. 

Ao praticar os ensinamentos estoicos, as pessoas podem aprender a diferenciar entre as preocupações dentro e fora de seu controle, focando sua energia e atenção nas ações positivas e na adaptabilidade às circunstâncias. 

Dessa forma, ajudará a reduzir a ansiedade, aumentar a resiliência e melhorar a satisfação geral com a vida, oferecendo um antídoto filosófico para os desafios do mundo moderno, como a síndrome de burnout. 

A aplicação dos princípios estoicos, como a aceitação, a gratidão e a concentração no presente, pode ser um caminho para enfrentar o estresse ocupacional e promover uma vida mais equilibrada e significativa.

O que é estoicismo?

O estoicismo é uma filosofia de vida focada na virtude, na sabedoria prática e no domínio das emoções. Surgido na Grécia Antiga, propõe que o bem-estar humano deriva da aceitação do momento presente como ele é, não permitindo que as adversidades externas perturbem a paz interior. 

Os estoicos acreditam que, embora não possamos controlar os eventos externos, temos o poder de controlar nossas respostas a eles através da razão e da autodisciplina.

História do estoicismo

O estoicismo foi fundado por Zenão de Cítio, por volta de 300 a.C., em Atenas. Zenão começou a ensinar na Stoa Poikile (Pórtico Pintado), da qual o estoicismo tira seu nome. 

Após Zenão, a filosofia estoica foi desenvolvida por outros filósofos notáveis, como Cleantes e Crísipo. O estoicismo ganhou popularidade em Roma, graças a pensadores como Sêneca, Epicteto e o imperador Marco Aurélio. 

Apesar das mudanças ao longo dos séculos, o estoicismo manteve-se relevante, influenciando diversas áreas do conhecimento e continuando a inspirar pessoas na busca por uma vida mais plena e significativa.

Quais as características do estoicismo?

As principais características do estoicismo incluem a ênfase na lógica como meio de entender o universo e na aceitação da natureza como ela é, promovendo uma vida em harmonia com o mundo. 

O autocontrole é valorizado para evitar excessos emocionais e manter a serenidade. A filosofia também prega a indiferença às circunstâncias externas, considerando-as fora do controle do indivíduo e, portanto, não dignas de perturbar a paz interior. 

Além disso, valoriza-se a fraternidade universal, reconhecendo a igualdade fundamental entre todas as pessoas e a importância de agir com justiça e benevolência para com os outros.

Qual é a principal ideia do estoicismo?

A principal ideia do estoicismo é que a felicidade e a liberdade são alcançadas pelo domínio sobre si mesmo, entendendo o que está dentro de nosso controle e o que não está. 

Os estoicos defendem que só podemos controlar nossas próprias ações, reações e julgamentos internos; tudo o mais — como a riqueza, a saúde, a reputação e o poder — está fora de nosso controle e, portanto, não deve ser o foco de nossos desejos ou temores. 

Essa compreensão leva à ataraxia, um estado de serenidade e paz interior derivado da aceitação da ordem natural das coisas. Ao viver de acordo com a razão, praticando a virtude e mantendo-se indiferente às vicissitudes da fortuna, os estoicos acreditam que podemos alcançar uma vida plena e significativa, independente das circunstâncias externas.

Quem pratica estoicismo?

O estoicismo é praticado por pessoas de todas as esferas da vida, que buscam uma maneira de enfrentar os desafios cotidianos com equilíbrio, serenidade e força interior. 

Entre os praticantes, encontram-se empresários, atletas, estudantes, profissionais da saúde, educadores e muitos outros que buscam na filosofia estoica ferramentas para lidar melhor com a adversidade, o estresse e as decisões difíceis. 

A universalidade e a atemporalidade dos ensinamentos estoicos atraem aqueles que procuram uma vida mais focada, mais resiliente e mais alinhada com valores internos, em vez de sucessos externos e materiais.

Quem é o pai do estoicismo?

O pai do estoicismo é Zenão de Cítio, um filósofo da Grécia Antiga. Nascido em Cítio, no Chipre, por volta de 334 a.C., Zenão é considerado o fundador do estoicismo após começar a ensinar na Stoa Poikile (Pórtico Pintado) de Atenas, em torno de 300 a.C. 

As ideias de Zenão e seus seguidores enfatizavam a importância da virtude e da razão como caminhos para uma vida boa, influenciando profundamente o pensamento ocidental e estabelecendo as bases para o desenvolvimento subsequente da filosofia estoica.

Quais os 4 pilares do estoicismo?

Os quatro pilares do estoicismo são conceitos fundamentais que sustentam a filosofia e guiam a prática estoica:

1. Sabedoria prática (Phronesis)

Refere-se à habilidade de navegar complexidades da vida de forma racional e moral, fazendo escolhas que refletem o bem maior.

2. Coragem (Andreia)

Não apenas a coragem física, mas também a coragem moral de enfrentar desafios, dificuldades e incertezas da vida com determinação e resiliência.

3. Justiça (Dikaiosyne)

Engloba a honestidade, a equidade e a integridade nas relações com os outros, promovendo ações que beneficiam tanto o indivíduo quanto a comunidade.

4. Autocontrole (Sophrosyne)

A virtude de manter o controle sobre os desejos e impulsos, permitindo uma vida equilibrada e em harmonia com a natureza e os valores pessoais.

Como começar a praticar o estoicismo no século XXI?

Praticar o estoicismo no século XXI envolve integrar seus princípios e exercícios no dia a dia moderno, adaptando suas lições atemporais às complexidades e desafios contemporâneos. 

Comece lendo obras de Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio para se familiarizar com os conceitos fundamentais do estoicismo. Livros modernos sobre estoicismo também podem oferecer interpretações acessíveis e aplicações práticas.

Reserve um momento cada dia para refletir sobre suas ações, decisões e emoções. Use este tempo para avaliar como suas escolhas refletem os valores estoicos e como você pode melhorar.

Desafie-se regularmente com exercícios de desconforto, como tomar banhos frios ou praticar jejum intermitente, para fortalecer sua resiliência e autocontrole.

Concentre-se em suas ações, reações e atitudes, aceitando que muitos aspectos da vida estão fora do seu controle. Esse foco ajuda a reduzir a ansiedade e a aumentar a eficácia pessoal.

Cultive a gratidão pelo que você tem, em vez de se concentrar no que falta. Isso ajuda a manter uma perspectiva positiva e a valorizar as coisas importantes da vida.

Encontre grupos e comunidades online ou presenciais que praticam o estoicismo. Compartilhar experiências e aprender com os outros pode oferecer suporte e inspiração em sua jornada estoica.

Livros sobre estoicismo

"Meditações" de Marco Aurélio

Considerado um dos mais importantes textos do estoicismo, este livro traz reflexões pessoais do imperador romano Marco Aurélio sobre como viver de acordo com a natureza e a razão, destacando a importância da autodisciplina, da integridade e do entendimento da impermanência da vida.

"Cartas a Lucílio" de Sêneca

Esta coleção de cartas oferece conselhos práticos sobre como viver uma vida boa e feliz, abordando temas como a amizade, a morte, a riqueza e a pobreza, tudo sob a perspectiva estoica de tranquilidade e sabedoria.

"Discurso de Epicteto" compilado por Arriano

Uma série de palestras dadas pelo filósofo estoico Epicteto, que foi um escravo liberto. Seus ensinamentos enfocam a importância de viver em harmonia com a vontade do universo e a diferença entre o que está e o que não está sob nosso controle.

"O Manual de Epicteto" (Enchiridion)

Um resumo conciso dos ensinamentos de Epicteto, este livro é um guia prático para a aplicação dos princípios estoicos no dia a dia, enfatizando a liberdade interior e a paz de espírito através do autocontrole e da aceitação.

Frases sobre estoicismo

Confira, abaixo, as principais frases sobre estoicismo. 

Meditações – Marco Aurélio

Humilha-te, humilha-te, alma minha! E já não terás ocasião para honrar-te. Breve é a vida para cada um! Tu, praticamente, a consumiste sem respeitar a alma que te pertence, e, entretanto, torna dependente a tua felicidade à alma de outros.

Tudo é efêmero: a lembrança e o objeto lembrado.

Reflita repetidamente sobre a rapidez de trânsito e afastamento dos seres existentes e dos acontecimentos. Porque a substância é como um rio em incessante fluir, as atividades estão mudando continuamente e as causas sofrem inúmeras alterações. Quase nada persiste e muito perto está este abismo infinito do passado e do futuro, no qual tudo desaparece. Como, pois, não estará louco o que nessas circunstâncias se orgulha, se desespera ou se queixa por ter sofrido alguma dor por certo tempo e inclusive longo tempo?

A melhor maneira de defender-te é não te assemelhar a eles.

Pois o orgulho é um terrível enganador da razão, e quando pensas ocupar-te principalmente das coisas sérias, então, ainda assim, te enganas.

A mudança é temida? E que pode acontecer sem mudança? Existe algo mais querido e familiar à natureza do conjunto universal? Poderias tu mesmo lavar-te com água quente, se a lenha não se transformasse? Poderias alimentar-te se os alimentos não se transformassem? E outra coisa qualquer entre as úteis, poderia cumprir-se sem transformação? Não percebes, pois, que tua própria transformação é algo similar e igualmente necessária à natureza do conjunto universal?

Não imagines as coisas ausentes como já presentes; antes, selecione dentre as presentes as mais favoráveis, e, à vista disso, lembre-se como as buscarias, se não estivessem presentes. Mas ao mesmo tempo tenha precaução, não deixes que, por comprazer-te a tal ponto em seu prazer, habitua-te a subestimá-las, de maneira que, se alguma vez não estivessem presentes, pudesses sentir-te inquieto.

Sobre a dor: o que é insuportável mata, o que se prolonga é tolerável. E a inteligência, retirando-se, conserva sua calma e não aja em detrimento do guia interior. E em relação às partes danificadas pela dor, se há alguma possibilidade, manifestem-se sobre o particular.

Não te confunda a imaginação da vida inteira. Não abarques em teu pensamento que tipo de fadigas e quantas podem sobrevir; pelo contrário, em cada uma das fadigas presentes, pergunta-te: o que é o intolerável e o insuportável dessa ação? Sentirás vergonha de confessá-lo. Depois lembra-te que nem o futuro nem o passado são incômodos, mas sempre o presente. 

Se eliminares tua opinião acerca do que acreditas que te aflige, tu mesmo te afirmas na maior segurança. “Quem é tu mesmo?”. A razão. “Mas eu não sou razão”. Seja. Em consequência, não se aflija a razão. E se alguma outra parte de ti se sente mal, opine ela no que lhe pertence.

Se te afliges por alguma causa externa, não é ela o que te importuna, mas o juízo que fazes dela. E depende de ti apagar esse juízo. Mas se te aflige algo que se encontra em tua disposição, quem te impede de retificar teu critério? E de igual modo, se te aflige por não executar essa ação que te parece sã, por que não a colocas em prática em vez de afligir-te?

Por essa razão, a inteligência livre de paixões é uma fortaleza.

Matam-te, despedaçam, perseguem com maldições. Que importa isso para que teu pensamento permaneça puro, prudente, sensato, justo? Como se alguém ao passar junto a uma fonte cristalina e doce, e insultasse; nem por isso deixa de brotar potável.

Queres ser enaltecido por um homem que se maldiz três vezes por hora? Queres comprazer um homem que não se compraz a si mesmo? Compraz a si mesmo o homem que se arrepende de quase tudo o que faz?

é ímpio também quem persegue os prazeres como se fossem bens, e evita as fadigas como se fossem males.

Mais ainda, quem teme os pesares temerá algo que, inevitavelmente, algum dia acontecerá no mundo, e isso já é impiedade.

Então, não é melhor usar o que está em tuas mãos com liberdade que disputar com escravidão e estupidez o que não depende de ti? E quem te disse que os deuses não cooperam tampouco nas coisas que dependem de nós? Começa, pois, a lhes suplicar a respeito destas coisas, e verás. Alguém pede: “Como poderei suportar que meu irmão me maltrate?” Suplica a Deus que te ajude a não desejar que teu irmão sofra por ti.

Então, deves exercer-se principalmente nas coisas que mais repetidamente te encontram. Se a grosseria, a ingratidão e a insolência te encontram constantemente, exercita-te em não colocar tua alma em semelhantes situações.

Sobre a brevidade da vida - Sêneca

Não toleram que suas propriedades sejam ocupadas por ninguém e, se há uma pequena disputa sobre a medida de seus limites, recorrem a pedras e armas; já em suas vidas consentem que outros se instalem, e até mesmo introduzem eles próprios os que vão ser os possessores dela. Não se encontra ninguém que queira repartir seu dinheiro; já sua vida, quanto cada um a distribui entre muitos! São mesquinhos na retenção do patrimônio; mas, tão logo se trate de gastar tempo, são extremamente pródigos com a única coisa em relação à qual a avareza é honrosa.

Acredita-me, é próprio de um grande homem, daquele que está acima dos erros humanos, não permitir que tomem nada de seu tempo, e é por isto que a vida dele é muito longa: porque todo o tempo que lhe esteve disponível foi inteiramente reservado para si.

Há quem, depois de obter a magistratura que cobiçara, anseia por deixá-la, logo dizendo: “Quando é que vai acabar este ano?”. Outro patrocina os espetáculos públicos, que ele muito apreciou lhe terem sido sorteados, e então indaga: “Quando me livrarei disso?”. Aquele outro é um advogado disputado por todo o foro, e o faz lotar com grande multidão, para além de onde pode ser escutado: “Quando”, diz ele, “é que virá o período de recesso?”. Cada um apressa sua vida e sofre a ânsia do futuro e o tédio do presente. Mas aquele que emprega todo tempo em seu proveito, que dispõe cada dia como se fosse o último, nem anseia pelo dia seguinte nem o teme.

Pode haver algo mais insensato do que o pensamento de algumas pessoas? Digo aquelas que se jactam de sua prudência. Estão empenhadamente ocupadas para que possam viver melhor; planificam sua vida com dispêndio de vida. Dispõem seus planos num longo prazo. Ora, mas a maior perda de vida é a protelação: esta nos arranca um dia após o outro, rouba-nos o presente enquanto promete o futuro.

Assim, quando vires alguém portando já com frequência a toga pretexta, ou um nome celebrizado no foro, não invejes: essas coisas se adquirem com prejuízo da vida. Para que um só ano seja datado pelo nome deles, irão consumir todos os seus anos.

Daiane de Souza

Publicado por:

Daiane de Souza

Jornalista (0007147/SC) e redatora SEO com vasta experiência em diferentes empresas: Receitinhas, Yooper, Marfin, Petrosolgas, Diário Prime, Superprof, Tec Mobile, Hora de Codar e muito mais!

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