A luta Antimanicomial, desencadeada em 1987 para denunciar o sistema e o modelo de assistência em saúde mental, que se desenvolvia há décadas no país, teve e tem importância significativa nos avanços alcançados nesse setor. Graças a essa iniciativa foi possível implantar uma mudança no modelo e forma de tratar a assistência em saúde mental. No dia 18 de maio se comemora “O Dia Nacional de Luta Antimanicomial”
Para marcar a data, a Universidade UniPaulistana reúne especialistas do setor e realiza, no dia 16/05, o evento que marca a “Semana da Luta Antimanicomial”, com a presença de alunos da instituição e aberto à participação da sociedade, no auditório do Centro Universitário Paulistana. Na Rua Madre Cabrini,38, Vila Mariana. O evento vai reunir profissionais do setor e militantes da Luta Antimanicomial.
A Mestra Evelyn Sayeg, Psicóloga de formação com mestrado em psicologia social pela PUC-SP, trabalhadora do SUS com ênfase em saúde mental, álcool e outras drogas, coordenadora do Projeto Tear de Guarulhos disse: “A Luta Antimanicomial em sua finalidade pretende transformar as estruturas sociais tanto filosóficas como as condições materiais. Na Carta de Bauru de 1987 já discutíamos isso. A discussão que se apresenta hoje não difere disso. Como de fato realizaremos a reforma política de pensamento Antimanicomial na nossa sociedade? Precisamos nos unir e entender as estruturas e os pilares que nossa sociedade está construída e este debate precisa alcançar a intersecção entre desigualdade social, racialidade e gênero. Só assim entenderemos a profundidade das lógicas manicomiais as quais estamos submetidos”.
Para o professor Alexandre Nicolau Luccas, Mestre e coordenador do Curso de Psicologia da UniPaulistana esse evento, na atual conjuntura nacional, representa uma retomada das políticas públicas humanizadas no trato da saúde mental. Segundo o mestre, a Luta Antimanicomial representa todos os envolvidos na atenção à Saúde Mental dentro do SUS e isso inclui usuários, familiares e profissionais.
Participam da Semana da Luta Antimanicomial a Professora Dra. Lumena Castro Furtado (Unifesp) Psicóloga, sanitarista, a Mestre Evelyn Sayeg (PUC/SP) – Psicóloga, Coordenadora do Projeto Tear de Guarulhos. A Professora Dra. Karin Di Monteiro Mestre e Doutora em Psicobiologia pela Unifesp e docente da UniPaulistana. Fabio Rodrigues, Poeta, músico no Pagode na Lata. Cleiton Ferreira, artista no Birico Arte, pesquisador e Agente de Redução de Danos no Centro de Convivência Ė de Lei. O evento tem a coordenação da Professora da Dra. Maria das Graças de Lima, Mestre e Doutora em Psicologia Social da PUC-SP, militante da luta-antimanicomial e do movimento da Economia Solidária.