Integrando as ações da campanha “21 dias de ativismo por direitos”, a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promoveu nesta quarta-feira, 29, o seminário “Crescimento da população idosa: perspectivas e desafios”, no anfiteatro do Museu Ferroviário.
Ao abrir o evento, o secretário da SEDH, Biel Rocha, explicou a importância do tema em uma cidade que cada vez mais há o declínio da mortalidade e da fecundidade influenciando significativamente no envelhecimento da população que já chega aos 15%.
“Entender esse cenário e buscar melhorias para que essa e as próximas gerações tenham um envelhecimento digno e saudável é dever de todos. Ciente de seu papel, a PJF, com orientação de nossa prefeita Margarida Salomão, segue ativa engajada nesta causa, por meio de seus programas, ações e projetos”, contou.
De acordo com o professor de estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Luiz Claudio Ribeiro (Cacaudio), a transição demográfica no Brasil, e principalmente em Juiz de Fora, traz questões diversificadas como o aumento da população idosa, mudança no perfil epidemiológico, maior proporção de pessoas com doenças crônicas, óbitos por causas externas, concentração dos óbitos perinatais, desenvolvimento das crianças nascidas prematuras e qualidade de vida.
Ainda segundo o professor, a população total de Juiz de Fora passou de 457 mil para 541 mil, um crescimento de 18%. Levando em consideração as pessoas com mais de 65 anos o aumento foi de 126%, passando de 33.898 para 76.600. Em 2022, a cidade contava com 16.330 pessoas com mais de 80 anos.
“Pensar em políticas públicas para a população que envelhece é necessário devido à acelerada mudança na estrutura populacional. A partir do momento que os corpos vão se limitando pela idade, os indivíduos precisam do acesso à saúde alimentar e física, transporte, qualidade de vida, entretenimento e centros de convivência”, enfatizou o especialista.
O professor da Faculdade de Medicina da UFJF, Márcio Alves, destacou que ações com o foco na atenção primária da saúde da família e da comunidade é um desafio, pois somente com uma política pública de estado de bem estar social é possível lidar com a questão. O médico também abordou os princípios do envelhecimento saudável e as perspectivas positivas em relação ao corpo e a mente. “A Organização Mundial de Saúde recomenda para o envelhecimento ativo da população quatro pilares: saúde, educação, segurança e participação”, lembrou.
A coordenadora de políticas para a pessoa idosa da SEDH, Maria Cristina Pereira, resgatou a importância da discussão do tema sobre envelhecimento ser ampliado em toda sociedade, implicando todos atores com o processo do envelhecer, promovendo a qualidade de vida ao longo da existência das pessoas nas cidades. “Atualmente, o grande enfrentamento é contra o preconceito que é sociocultural. Hoje, se faz necessário combater o etarismo e reconhecer o direito ao envelhecimento como parte da vida. Este seminário trouxe questões demográficas que já afetam diretamente o modo de se pensar ações estratégicas em rede e gerar políticas públicas voltadas para as pessoas idosas”.
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