Durante o governo de Jair Bolsonaro, o setor da construção civil experimentou um dos seus picos de valorização, impulsionado por uma conjuntura marcada pela pandemia da COVID-19 e pela inflação global.
Neste período, os custos associados à construção civil sofreram aumentos significativos, refletindo-se em uma elevação de 10,90% em 2022, a segunda maior taxa desde 2014, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) divulgado pelo IBGE.
Este aumento foi consideravelmente mais alto do que em anos anteriores, com exceção de 2021, quando os custos alcançaram uma taxa de 18,65%, destacando-se como um reflexo direto das pressões inflacionárias e dos desafios logísticos globais.
Como está o cenário de construção civil em 2024?
Contudo, sob o governo Lula, iniciado em 2023, observa-se uma tendência de desaceleração nos preços da construção civil. Este fenômeno pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a estabilização dos preços de commodities e uma política econômica focada na contenção da inflação.
Em 2023, a alta na parcela dos materiais foi de apenas 0,06%, uma redução drástica em comparação ao salto de 10,02% um ano antes. Da mesma forma, os custos com mão de obra cresceram 6,22%, ritmo menor que o de 2022, que havia registrado uma alta de 12,18%. Estes números indicam um alívio nos custos, contribuindo para um ambiente mais favorável no setor.
A expectativa é que a tendência de queda nos custos da construção civil continue, especialmente à medida que as pressões inflacionárias gerais se amenizam. A cotação das commodities, particularmente dos metais, desempenha um impacto direto nesse cenário.
Por exemplo, a variação anual de 2,98% no preço do ferro, com uma cotação variando entre 103,55 e 144,16, sugere uma estabilização que contribui para o controle dos custos de construção, já que o ferro é um material fundamental no setor.
Adicionalmente, a diminuição da inflação e a estabilização econômica tendem a favorecer o setor da construção civil, tornando os projetos mais viáveis financeiramente e estimulando novos investimentos.
Esse cenário é reforçado pela política de redução da taxa de juros, que busca promover o crescimento econômico com estabilidade, incluindo medidas para controlar a inflação e incentivar o desenvolvimento de infraestrutura.
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