O último sábado (07/10) trouxe uma reviravolta aterrorizante para o que deveria ser uma festa comum. Vídeos e posts verificados pela BBC revelam que o evento, que começou com jovens dançando na madrugada, se transformou no episódio mais violento dos ataques do grupo islâmico palestino Hamas a Israel.
Segundo relatos, aproximadamente 4.000 pessoas estavam presentes no local, e as autoridades israelenses confirmaram a trágica morte de cerca de 260 delas. A maioria das vítimas aparentava ter menos de 30 anos.
Os participantes se reuniram em uma área remota do sul de Israel para o festival Supernova, um evento que prometia música, dança, arte e diversão em um local secreto. O Supernova era a versão israelense do conhecido festival brasileiro Universo Paralello.
O festival de música eletrônica foi criado por Juarez Petrillo, pai do DJ brasileiro Alok, conhecido como DJ Swarup. A versão israelense foi promovida e organizada por um produtor local.
No início do evento, o público foi orientado a se dirigir a um ponto ao norte do kibutz Re'im, cerca de 6 quilômetros a leste de Gaza. Imagens enviadas às 07h22, horário local, mostram a multidão dançando sob a fraca luz da manhã, alheia aos acontecimentos que se desenrolariam.
No entanto, pequenas nuvens negras de fumaça acima de suas cabeças indicavam o início do terror iminente, possivelmente causadas pelos mísseis defensivos usados pelas forças israelenses para interceptar foguetes disparados de Gaza.
Nas horas seguintes, o Hamas lançou milhares de foguetes contra Israel, transformando a celebração em uma tragédia.
A BBC Verify usou vídeos, postagens em redes sociais e tecnologia de reconhecimento facial para compreender o massacre que ocorreu durante o festival. Algumas filmagens mostram participantes olhando para a fumaça escura acima de suas cabeças, enquanto outros continuam dançando, alheios ao perigo iminente.
Pelo menos 260 corpos foram encontrados no local, de acordo com a agência de resgate Zaka. Imagens de celulares e drones revelam a escala do ataque do Hamas, com estradas repletas de carros de pessoas que não conseguiram escapar dos tiroteios.
Esse evento, que começou como uma festa animada, tornou-se um dos episódios mais trágicos e violentos do conflito entre Israel e o Hamas, deixando um rastro de luto e questionamentos sobre a segurança em meio a um ambiente de celebração.
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