Na manhã deste domingo (24), três indivíduos foram detidos pela Polícia Federal (PF), sob suspeita de ligação com o homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Os detidos são os dois possíveis mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio na época do assassinato, Rivaldo Barbosa, acusado de tentar obstruír as investigações do caso. Os três negam as acusações. Abaixo, estão os detalhes sobre cada um dos envolvidos.
Chiquinho Brazão
Eleito deputado federal em 2018 pelo União Brasil, Chiquinho Brazão também ficou do fim de 2023 até fevereiro deste ano no cargo de secretário municipal de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio, foi exonerado do cargo após as suspeitas de sua participação na morte de Marielle e Anderson crescerem. O União Brasil, na noite de domingo, decidiu expulsá-lo da legenda.
Domingos Brazão
Dono de diversas declarações polêmicas e suspeitas de corrupção, o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão começou a carreira política como assessor na Câmara Municipal do Rio entre 1993 e 1994. Em 1997, se tornou vereador da cidade do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1999, foi eleito deputado estadual, cargo que manteve por 16 anos.
Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa atuava na Delegacia de Homicídios, até ser promovido pelo interventor do governo Temer no Rio de Janeiro, Braga Netto e pelo secretário de segurança da intervenção, Richard Nunes, ao cargo de chefe da Polícia Civil uma semana antes da morte de Marielle e Anderson, assumindo o posto na véspera dos assassinatos, no dia 13 de março de 2018. Rivaldo teria combinado a impunidade do crime com Domingos Brazão.
Rivaldo chefiou a Polícia Civil de março a dezembro de 2018. Atualmente, estava à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais, que cuida da operação com rádios da corporação.
Em 2019, sua atuação na DH e como chefe da Civil foi alvo de denúncias. Em depoimento, o miliciano Orlando Araújo, o Orlando Curicica, então investigado pelo homicídio de Marielle e Anderson, afirmou que Rivaldo recebia dinheiro para engavetar investigações de homicídio relacionados à contravenção.
De março a dezembro de 2018, Rivaldo liderou a Polícia Civil. Recentemente, ocupava o cargo na Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais, responsável pela gestão das operações de rádio da instituição. Em 2019, surgiram alegações sobre sua conduta enquanto atuava na DH e como chefe da Civil. Em um testemunho, Orlando Curicica, também investigado pelo assassinato de Marielle e Anderson, afirmou que Rivaldo estava envolvido em esquemas de corrupção, recebendo subornos para arquivar investigações de homicídios ligados ao crime organizado.
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