Fotografia do Blog Mauricio Resgatando o Passado a Historia de Juiz de Fora
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Residência Íris Martins Villela.
A origem do processo de tombamento da edificação
conhecida como Residência Íris Villela também está na reunião da CPTC do dia16 de janeiro de 1986.
Relato do Processo de Tombamento nº 867 de 1986
O presente relato foi estruturado com base no Processo 867/86, que trata do
tombamento do imóvel localizado na avenida Barão do Rio Branco nº 3512
A edificação está situada em um terreno de 3118m², porém com apenas 19,3m de
frente para a avenida Barão do Rio Branco. Trata-se de uma edificação de dois andares: o
porão está situado em uma cota um pouco mais baixa que a da avenida, enquanto o andar
térreo foi construído um pouco acima do nível da rua, sendo acessado por uma escada.
Em entrevista concedida em 13de fevereiro de 1986 aos integrantes da CPTC
Luiz Alberto do Prado Passaglia e Maria Inês Giffoni Passaglia,
a então proprietária da edificação que é conhecida por seu nome,
Íris Villela, afirma que nasceu e morou a vida inteira na casa construída por seu pai, o fazendeiro Gabriel Villela de Andrade, em 1890.
No dia 22 de novembro de 1990 o ex-diretor da Divisão de Patrimônio Histórico e Artístico de Juiz de Fora, e membro da CPTC, Wilson de Lima Bastos, emite parecer a respeito do tombamento da edificação. Afirma, logo no início, “conheço desde minha infância o prédio em questão”, destacando que“ numa época em que a antiga Rua Direita, hoje Avenida Barão do Rio Branco, não tinha continuidade para os altos da Zona Sul, era o chalet do velho Villela um ponto de referência, tornando-se presente na tradição e na história da Cidade”
DIPAC/PJF,1986c,p. 17,grifo do autor).
O autor do parecer recorre às suas próprias memórias como fonte de informações sobre a edificação.
Como o prédio ocupava uma grande área, o Sr. Gabriel Villela de Andrade cultivava uma extensa e variada horta, em torno do que lembro-me de muitos casos que circulavam naquele tempo de minha infância, relativamente ao velho correndo atrás das crianças que faziam travessuras, invadindo a sua propriedade, momento em que atiravam-se pedras de um lado e de outro.
Acervo Humberto Ferreira