Brasil começou nervoso, cometendo erros bobos. Logo percebeu-se a falta de concentração e inquietude desse time.
Me veio um filme na cabeça. Lembrei das últimas duas copas. Seria mais uma síndrome pós-lesão do Neymar?
Relembre comigo: em 2014, o mineiraço. 7 a 1 pra Alemanha. Em 2018, a derrota pra Bélgica nas quartas. Ambos os jogos, seguintes a uma lesão que tirara Neymar do jogo.
Desculpe, foi um pequeno devaneio de alguém que, antes de cronista, é um torcedor fervoroso dessa seleção.
No futebol é assim. Quando o juiz apita, emoções do passado vêm à tona. O medo de reviver um apagão brasileiro era latente. Mas do outro lado estava a Suíça.
O queijo suíço é famoso pela qualidade e sabor. Mas também é facilmente reconhecido pelos seus inúmeros BURACOS.
E olha, não foi o caso. Bem como já se previa, montaram um ferrolho quase que intransponível. Transformaram num queijo PRATO. Soma-se a isso os erros cometidos pelo Tite ao escalar a equipe.
É evidente e irrefutável que o time sentiu a ausência do Neymar. Por mais que se treine sem ele, e a equipe seja minimamente competitiva, é inegável que perdeu-se 50% (pelo menos) do brilhantismo e criatividade na armação de jogadas.
Ao trocar o esquema do 4-3-3 com Neymar por um 4-4-2, Tite conseguiu domínio do meio de campo (tomando alguns sustos na defesa, diga-se de passagem), mas abrir esse cadeado não seria uma tarefa fácil.
Após esse jogo, concordemos: Rodrigo ganhou a vaga até Neymar voltar, Raphinha pouco produziu nestes dois jogos; Antony e Bruno Guimarães entram muito bem, e existe alguma coisa mística e oculta que faz o Tite colocar o Gabriel Jesus nos jogos.
Sei lá, me lembra muito a insistência do Dunga pelo Gilberto Silva. Você não sabe porque, mas ele sempre vem.
Optou em pôr Jesus, talvez esperando por um milagre. Mas ele veio dos pés de Casemiro. Que chute, senhores. Brasil, seleção dos gols bonitos.
Este confronto nos trouxe lições. A hora de errar é agora, e ganhamos. Seguimos confiantes que o hexa vem. Abre teu olho, Tite!
Moral da história: Se a suíça é boa de relógio, chocolate, queijo e cofre, brasileiro é bom em dar jeitinho. E deu
Obs.: Alguém dá uma bola pro Vinícius Jr levar pra casa, porque tá difícil de tocar a bola, viu?