Você já reparou que alguns desafios surgem com frequência na nossa vida?
Seja em uma situação no trabalho ou na vida pessoal, algumas questões parecem nos perseguir, como determinados comportamentos alheios que nos afetam e muitas vezes nos chateiam ou até nos enraivecem.
Será que o outro é capaz de nos irritar ou somos nós que nos irritamos com o outro?
Quando nos sentimos afetados por alguma atitude alheia nos é dada uma preciosa oportunidade, a de olhar para dentro e perceber o que em nós foi atingido com o comportamento do outro.
Em determinadas vezes, se o comportamento expansivo de alguém nos é tão nocivo, é porque existe a possibilidade de termos alguma intimidade com esse tipo de atitude, caso contrário, isso passaria despercebido, ou seja, não seria razão de incômodo.
Trata-se do tão falado espelhamento, que nada mais é do que se enxergar no outro, ou ainda, só enxergar no outro aquilo que temos, por mera correspondência.
Nesse sentido, o círculo de pessoas com as quais convivemos dizem muito sobre nós, na medida que nos associamos onde nos sentimos reconhecidos, seja por admiração ou mesmo por rejeição.
E como isso pode nos acalentar? No sentimento de que somos todos um só, e que olhar pra dentro é sempre o melhor caminho, pois no momento em que conseguimos nos ver nos outros, conseguimos evoluir em nós o que não nos agrada e ainda surge a possibilidade de entendermos melhor o outro, pois reconhecemos a partir daí que a atitude do outro que nos incomoda, também faz parte de nós.
O que quero dizer com tudo isso? É tempo de refletirmos como anda nosso julgamento, seja ele interno ou externo, já que como disse aqui, pode se tratar de um único, ou seja, se julgamos alguém, na realidade, podemos estar nos julgando.
E sabe o que tem de mais gratificante nisso tudo? A nossa consciência de que na condição de humanos somos imperfeitos, e a par disso poderemos aprender a nos julgar menos e consequente ao outro.
Como é bom olhar no espelho e nos reconhecer, mesmo que esse reflexo seja do outro lado.