Por Ana Paula Backx
O que fazer? O que pensar?
Lágrimas não são suficientes... nem mesmo a indignação traduz o horror vivido por crianças.
Ouço usar a mesma frase dita por nós, adultos, às crianças quando fazem arte: “que coisa feia!”
Porém, não foi uma arte... foi uma monstruosidade sem explicação! Uma dor que aflige todas as mães e pais, todos os educadores, todas as crianças que conseguem dimensionar o tamanho dessa barbaridade.
Imaginamos o sofrimento em nós. E da mesma maneira, balançamos a cabeça e falamos: “Deus me livre”. Mas, para quatro mães e pais, é impossível pedir esse livramento pois estão vivendo essa dor, que é imensurável.
Nesse dia, para eles o tchau e o beijinho de despedida foram um ADEUS.
Fica a indignação de todo um país, de todo mundo, sobre a perversidade e o quanto alguns adultos moleques trazem para a realidade a maluquice das cenas do virtual, da orientação de games que têm como objetivo matar, matar e matar... de verdade! Sim, a morte existe. Na vida real não há aquele lance de “ganhei vidas”, “vidas ilimitadas”... Não! Aqui o sangue escorre, a vida acaba, a dor acontece.
Lições precisam ser tiradas desse episódio!!! A morte desses pequeninos não pode ser em vão! Que venham psicólogos, pedagogos, psiquiatras, educadores... que venham todos levantar a bandeira do respeito pelo próximo, pela vida, pela realidade!
Em 04/04, 04 mortes inocentes... e que pelos 04 cantos do planeta observemos o que nossos jovens jogam em seus quartos. A Educação de casa também grita por socorro! Sejamos conscientes, sejamos vida! Sejamos, todos, educadores na essência do humano.
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