Aprender a ser seletivo lhe poupa muito tempo e energia. Quando você investe no seu
desenvolvimento pessoal você começa a ter um pouco mais de clareza sobre muitas situações e
sobre você mesmo. Nessa trajetória, descobrimos que não somos superiores nem inferiores,
apenas somos quem somos. No entanto, inevitavelmente, acabamos nos afastando de situações,
pessoas e de lugares nesse percurso.
Descobrimos que nem sempre será possível carregar debaixo do braço as pessoas que
consideramos importantes. Muitas vezes esse caminho que escolhemos trilhar, vai nos exigir
renúncias e alguns afastamentos serão inevitáveis. Enquanto nos tornamos quem realmente
somos, vamos aprendendo a fechar ciclos para que novas fases sejam iniciadas.
Então nos damos conta que não cabe todo mundo na nossa vida. E realmente precisamos ser
seletivos. Percebemos que em alguns momentos a paz vale ouro, mas em outras situações é
necessário que a nossa razão seja estabelecida.
Descobrimos que mesmo pessoas com boas intenções e que realmente se importam conosco
podem errar em suas previsões sobre a nossa vida e nos aconselhar de maneira equivocada.
Precisamos ser seletivos e flexíveis. Aos poucos vamos ousando desenvolver a nossa autonomia
e autorresponsabilidade. Descobrimos que somos responsáveis pelas nossas próprias escolhas e
pelas consequências delas.
Crescer dói. Entretanto, permanecer estagnado não é uma opção saudável. Além disso, ficar
parado enquanto a vida acontece nos deixa com a sensação de frustração. As dores do
crescimento geram frutos saudáveis em nós. Um deles, por exemplo, é o limite e o respeito ao
outro. Nesse caminho, nos damos conta de que tão importante quanto respeitar os limites dos
outros é perceber e respeitar os nossos próprios limites.
Definitivamente, não cabe todo mundo nesse processo.
As ideias contidas neste artigo não correspondem, necessariamente as ideias do jornal e são de
responsabilidade da autora.