Viver com ousadia, encarar a vida de frente, aproveitando e criando as oportunidades, sem receio de viver plenamente cultivando a coragem, os bons vínculos e amor-próprio pode ser o sonho dourado de muitas pessoas.
Se libertar da necessidade de ter certezas absolutas, simplesmente confiar em si mesmo e se colocar a agir de acordo com aquilo que se acredita. Quando entramos nesse caminho, aprendemos a cultivar a autenticidade, passamos a valorizar de verdade a criatividade e a produtividade. Entendemos que o caminho que nos conduz à nós mesmos é uma estrada real que nos liberta para viver plenamente, e como diz a canção ‘viver e não ter a vergonha de ser feliz’. Enfim, viver sendo você mesmo.
Mas encontrar com nós mesmos não é exatamente a mais fácil e simples das tarefas. Talvez para algumas pessoas seja sim, fácil e simples, já para outras nem tanto... De qualquer modo, o que percebemos é que muitas vezes, “viver com ousadia” tem sido sinônimo de viver agindo sempre por impulso, de maneira inconsequente, sem pensar no amanhã.
Bem, se aventurar e seguir cegamente a todos os desejos e anseios humanos sem pensar no outro ou no próprio bem-estar, principalmente a médio e longo prazo talvez tenha relação com levar a vida de maneira inconsequente e irresponsável e não como viver com ousadia.
Existe muita limitação na necessidade de viver uma vida ilimitada. Nem sempre entendemos que limite é proteção e cuidado. Costumamos entender os limites dando a esse conceito um significado pejorativo, ruim, menor. Como algo que nos impede de crescer ou de desenvolver o nosso potencial. Sim, podemos romper alguns limites que nós colocamos em nós mesmos. E isso é bom.
Mas a verdade é que aceitar alguns limites é mais libertador do que pode parecer. Essa construção pode lhe soar paradoxal, entretanto, lembre-se: o seu corpo tem limites bem reais, e acreditar que é possível ultrapassá-los muitas vezes pode ser mortal. Quem vive com ousadia aprende a conhecer os próprios limites, reconhecer aqueles que devem ser ultrapassados e quais deles precisam ser respeitados.
Ter coragem é agir, apesar do medo, não se deixar paralisar pelo medo. Mas isso também requer não menosprezar a função do medo: proteção. Fazer a vida valer a pena, aprender a se amar e não se deixar paralisar, seguir em frente apesar das dores e desafios do caminho é viver com ousadia.
Colunista:
Mônica Reis é esposa e mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em Psicologiae possui Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos. Desde 2020 tem se reunido com outros colegas de maneira independente para estudar temas diversos, incluindo livros e artigos de autores relacionados as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Isso tem lhe permitido trocar experiências relacionadas a profissão e a prática clínica. Instagram: @bymonicareis.